Estimativa de inflação para 2018 sobe para 4,2%, de acordo com o Banco Central

A projeção para a inflação de 2018 foi majorada, segundo o Relatório de Inflação divulgado nesta quinta-feira (28) pelo Banco Central (BC). A estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, saltou de 3,8% para 4,2%.

Essa expectativa resulta das apostas do mercado financeiro nacional para a taxa básica de juro, a Selic, em 6,5% ao ano, para a cotação do dólar no final do ano (R$ 3,63).

A estimativa de inflação divulgada pelo BC ficou próxima do centro da meta, que é 4,5% este ano. Para 2019, o centro da meta é 4,25% e para 2020, 4%. O intervalo de tolerância é de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

Em relação à inflação, a projeção para o IPCA de 2019 passou de 4,1% para 3,7%. A estimativa para 2020 caiu de 4,1% para 3,7%.


Em todos os outros cenários, elaborados com diferentes parâmetros, a projeção para a inflação em 2018 ficou em 4,2%. O BC também elabora estimativas considerando câmbio e juros constantes (6,5% ao ano e R$ 3,70), juros constantes e perspectiva do mercado para câmbio e projeção das instituições financeiras para taxa de juros e câmbio constante.

Nesses diferentes cenários, a projeção para a inflação em 2019 variou de 3,7% a 4,1%. Para 2020, a variação ficou entre 3,7% e 4,1%.

No momento em que a economia não atravessa o melhor momento, com direito a revisão para baixo do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa maior de inflação mostra que a recuperação do País poderá levar mais tempo do que se imagina. O binômio inflação alta e consumo baixo aponta na direção de problemas econômicos estruturais. (Com ABr)