Pesquisa CNI/Ibope mostra que 41% dos eleitores não sabem em que votar para presidente

A mais recente pesquisa Ibope sobre a corrida presidencial, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), traz alguns dados relevantes, além da absurda insistência em colocar o condenado Lula como pré-candidato ao Palácio do Planalto.

No cenário em que aparece entre os pré-candidatos, Lula lidera o levantamento com 33% das intenções de voto. Inserir na pesquisa Lula como postulante à Presidência é induzir o eleitor a erro, pois a Lei da Ficha Limpa considera inelegível o cidadão com condenação proferida em segunda instância.

Nesse quadro, Jair Bolsonaro (PSL) aparece em segundo lugar, com 15%, e Marina Silva (Rede), em terceiro, com 7%. Ciro Gomes (PDT) tem 4%, empatado com Geraldo Alckmin (PSDB). Apenas 2% dos eleitores disseram que votariam em Alvaro Dias (Podemos).


No cenário sem a participação de Lula, mas com Fernando Haddad como pré-candidato do PT, Bolsonaro tem 17% dedas intenções de voto, ao passo que Marina tem 13%. Considerando que a margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais, Bolsonaro e Marina Silva estão tecnicamente empatados.

Em seguida aparecem Ciro Gomes, com 8% das intenções de voto, e Geraldo Alckmin, com 6%. Já Alvaro Dias receberia 3% dos votos, e Fernando Collor (PTC) e Haddad, 2% cada um. Os demais pré-candidatos –Henrique Meirelles (MDB), Guilherme Boulos (Psol) e Manuela D’Ávila (PCdoB) – teriam 1% cada.

O fato mais importante, que causa preocupação, é o contingente de eleitores que na pesquisa optaram por voto branco ou nulo (33%), quando o nome de Lula não consta do cenário. Somado aos 8% dos que disseram não saber em quem votar, o índice sobe para 41%. Isso mostra que o brasileiro não acredita na eleição presidencial como caminho para mudar a realidade política do País e resolver os graves problemas nacionais.

Ao analisar esse quadro logo percebe-se que o desencanto do brasileiro com a política e principalmente com as eleições disparou em apenas quatro anos. Em 2014, no mesmo período, a pesquisa CNI/Ibope identificou 21% que não sabiam em que votar. Ou seja, um crescimento de quase 100% desse grupo, dado que revela a desconfiança da população em relação à classe política.