Gleisi confirma viés bandoleiro do partido ao comparar o condenado Lula ao traficante “Marcinho VP”

Quando o senador Aécio Neves (PSDB-MG) comparou o Partido dos Trabalhadores a uma organização criminosa, quem conhece os bastidores da política nacional não se surpreendeu com tal declaração. Afinal, em busca de um projeto totalitarista de poder, o PT, ao longo de mais de uma década, dedicou-se intensamente ao banditismo político.

Esse status nada honroso vem sendo comprovado de forma contínua por muitas investigações, em especial as da Operação Lava-Jato, que levaram alguns companheiros para a prisão em virtude de crimes cometidos na órbita do Petrolão, o maior e mais ousado esquema de corrupção de todos os tempos.

Cumprindo pena de prisão (doze anos e um mês) por corrupção e lavagem de dinheiro no caso de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista, o ex-presidente Lula insiste em abusar da dramatização para não desaparecer da cena política e principalmente para impedir o desmonte do partido.

A estratégia petista para manter-se no noticiário está calcada sobre a impossível participação de Lula na corrida presidencial que se avizinha, com o se a Lei da Ficha Limpa nada representasse no universo legal brasileiro. Por conta dessa bizarrice, muitos “companheiros” teimam em fazer de Lula um candidato apto a participar da disputa, quando na verdade o petista-mor está inelegível.


Introito à parte, o viés criminoso do PT foi confirmado pelo presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Helena Hoffmann, que na quarta-feira (11) criticou a decisão da juíza Carolina Moura Lebbos, da 12ª Vara de Execuções Penais (VEP) de Curitiba, que proibiu Lula de conceder entrevistas no cárcere, gravar vídeos e de participar da convenção do partido que oficializará candidaturas.

Inconformada com a decisão da juíza, Gleisi Helena, que está longe de ser uma ode à genialidade, esbravejou: “Até Marcinho VP, traficante, deu entrevistas”. Não contente com o destampatório, a senadora acusou o Judiciário de transformar o Brasil em uma “republiqueta de bananas”.

“Um criminoso deu entrevistas, o presidente Lula que é a maior liderança popular desse país e está com seus direitos políticos preservados não pode dar entrevistas? O que se faz com Lula é uma injustiça atrás da outra, mas o povo não vai abandonar ele. Essa perseguição política está ficando feio para o Brasil no mundo. As pessoas olham e dizem: republiqueta de bananas que não tem uma democracia forte, que não respeita suas instituições”, declarou a presidente dos petistas.

Gleisi tem o direito constitucional à livre manifestação do pensamento, mesmo que recheado de inverdades e sandices, mas é preciso que a senadora, assim como muitos “camaradas”, aceite a ideia de que Lula é um condenado que cumpre pena de prisão por ter violado a lei vigente. Isso o impede de participar de eleições e de deixar o cárcere para atividades partidárias ou de cunho pessoal. Em suma, Lula, que sempre acreditou ser uma divindade tropical e de estar acima da lei, não passa de um presidiário que sofre de histrionismo político.

Em relação à acertada comparação feita pela senadora paranaense, ambos, Lula e “Marcinho VP”, são criminosos que, alcançados pela Justiça, agora acertam as contas com a sociedade através da privação de liberdade. O único senão nesses dois episódios é que tanto o petista quanto o traficante são aparentemente irrecuperáveis.