Em Cuba, ilha-presídio embalada pelo comunismo, Gleisi Hoffmann denuncia a “prisão política” de Lula

Para o Partido dos Trabalhadores não há limite para o ridículo, em especial quando no centro da bizarrice discursiva está a presidente nacional da legenda, senadora Gleisi Helena Hoffmann. O que não é novidade para quem acompanha cotidianamente a política nacional.

Em Cuba, um dos derradeiros redutos do comunismo – agora disfarçado de socialismo liberal – e país conhecido por ser um presídio de políticos adversários do regime local, a senadora paranaense denunciou a prisão de Lula, condenado em duas instâncias por corrupção e lavagem de dinheiro, além de ter negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pedido de habeas corpus.

Na capital cubana, Gleisi Helena falou em “prisão política”, como se o petista-mor tivesse passado ao largo do devido processo legal e do amplo direito de defesa. A grande questão que aterroriza o PT é a possibilidade de o partido minguar na esteira das muitas denúncias de corrupção, algo que deve se confirmar com as condenações que serão impostas a Lula.


Gleisi fez sua denúncia durante encontro do Foro de São Paulo, movimento que reúne dezenas de partidos e organizações de esquerda. Não obstante, o grupo recepciona com pompa e circunstância governantes reconhecidos como autoritários, como, por exemplo, os presidentes da Venezuela e de Cuba, países que sem cerimônia prendem seus opositores.

A senadora petista afirmou que não “desistirá de buscar a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que completa 100 dias preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, condenado na Operação Lava Jato”.

A presidente dos petistas, que viajou a Havana na companhia de Dilma Rousseff e de militantes para participar do encontro do esquerdismo continental, não perdeu a oportunidade de abusar do devaneio. “Viemos aqui para denunciar, e estamos recebendo a solidariedade para Lula. Não vamos desistir. Lula voltará a ser presidente do Brasil”, afirmou a petista em vídeo divulgado nas redes sociais.

A senadora voltou a criticar a atuação do Judiciário brasileiro e a prisão de Lula, que, conforme sustentam os advogados do PT, ocorreu sem provas concretas. “A tentativa de soltá-lo com uma argumentação justa e correta ficou frustrada. Parte expressiva do Judiciário mostrou que tem lado nessa disputa e politizou o tema. Não vamos desistir de Lula, pois não vamos desistir do povo brasileiro”, completou, referindo-se à suspensão do habeas corpus conferido, semana passada, pelo plantonista do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF), desembargador Rogério Favreto.