O aumento médio de 6,77% no custo da energia elétrica no País foi o principal responsável pela inflação de 0,64% registrada pela prévia de julho do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o IPCA-15. Entre a segunda quinzena de junho e a primeira quinzena de julho (período de apuração da pesquisa), houve reajustes das tarifas nas concessionárias de São Paulo, Curitiba, Brasília, Porto Alegre e Belo Horizonte.
De acordo com o IBGE, o custo com habitação, que subiu 1,99%, foi puxado também por aumentos de preço do gás de botijão (1,36%), gás encanado (1,24%) e tarifa de esgoto (1,27%).
Outros grupos de despesa que influenciaram a prévia de julho da inflação oficial foram os alimentos, com taxa de 0,61%, e os transportes, com alta de preços de 0,79%.
O aumento de preços dos alimentos foi puxado por produtos como leite longa vida (18,3%), frango inteiro (6,69%), frango em pedaços (4,11%), arroz (3,15%), pão francês (2,58%) e carne (1,1%). Por outro lado, alimentos que tinham sentido uma alta de preços na prévia de junho devido à greve dos caminhoneiros, desta vez tiveram deflação: batata-inglesa (24,8%), tomate (23,57%), cebola (21,37%), hortaliças (7,63%) e frutas (5,24%).
A inflação dos transportes foi influenciada bastante pelo aumento da passagem aérea (45,05%). Os combustíveis, que haviam tido alta de 5,94% em junho, tiveram deflação de 0,57%, por causa da queda de preços do óleo diesel (6,29%), etanol (0,78%) e gasolina (0,37%).
A economia brasileira vive situação sui generis, reflexo do estrago produzido pelos governos petistas, que recorreram ao populismo barato para manter índices de aprovação nas alturas. Quem conhece razoavelmente de economia sempre soube que em algum momento a política econômica adotada pelos governos do PT produziria um considerável estrago. E a conta chegou, sem tardar, com inflação alta e consumo em ritmo lento. Ou seja, o horizonte não é dos mais convidativos (Com ABr)