Josué ainda não desistiu oficialmente de ser vice de Alckmin, mas “Centrão” já avalia outros nomes

O apoio do “Centrão” à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República sofreu um revés com a desistência do empresário Josué Gomes da Silva, indicado pelo PR para ser candidato a vice, mas o bloco partidário continua firme no propósito de dar suporte ao projeto político do tucano.

No encontro com o ex-governador Geraldo Alckmin, na segunda-feira (23) o empresário disse ao candidato do PSDB que não agregaria votos à sua campanha e que deveria sentir-se à vontade para escolher outro nome para a vaga. Mesmo assim, Josué ainda não recusou o convite oficialmente.

Com a decisão do dono da Coteminas, a vaga de vice na chapa de Alckmin será decidida em breve, mesmo depois da oficialização do apoio do “Centrão”, marcado para a próxima quinta-feira (26). O grupo aguarda apenas o anúncio oficial por parte de Josué Gomes da Silva, que já entrou no radar do PT para ser candidato ao Senado por Minas Gerais.


Enquanto isso, o “Centrão” estuda possíveis nomes para compor a chapa liderada por Geraldo Alckmin. Um dos favoritos e que desde o início era cotado para ser candidato a vice é o deputado federal Mendonça Filho, do Democratas de Pernambuco, que serviu ao presidente Michel Temer como ministro da Educação. A eventual escolha de Mendonça Filho ajudaria o ex-governador Alckmin a ter melhor entrada no Nordeste, região do País onde a esquerda tem boa relação com o eleitorado.

Outro nome que está sendo considerado é o do também deputado federal Aldo Rebelo, comunista histórico, mas agora filiado ao Solidariedade, partido comandado por Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que tenta de alguma maneira ressuscitar o imposto sindical.

Se por um lado a eventual escolha de Aldo Rebelo como candidato a vice na chapa de Alckmin será motivo para a direita promover estridente gritaria, por outro os mesmos direitistas devem “colocar as barbas de molho”. Afinal, Rebelo transita com destreza e receptividade nos bastidores das Forças Armadas, onde goza do respeito dos militares, o que pode ser um tiro pela culatra para a direita radical.