Gleisi devaneia e diz que PT não trabalha com hipótese de Haddad assumir candidatura ao Planalto

O PT não mede esforços quando precisa recorrer à mitomania para defender seus interesses. E a senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do partido, mostrou destreza nessa seara ao garantir, em entrevista a jornalistas estrangeiros, que “o PT não trabalha com a hipótese de o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad assumir a candidatura à Presidência no lugar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.

Tal declaração aconteceu no mesmo dia em que o comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) passou para as mãos da ministra Rosa Weber, que garantiu que a candidatura de Lula será barrada de ofício, ainda que não haja reclamação. Tantos e tamanhos são os impedimentos à pretensão do condenado de concorrer à Presidência da República.

Gleisi reiterou que a candidatura de Lula ao Palácio do Planalto será registrada nesta quarta-feira (15) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), garantindo que o ato do registro será acompanhado de “grande ato popular” promovido por movimentos sociais, como o Movimento dos Sem-Terra (MST).

Todos sabem que esses mencionados “movimentos sociais” nada mais são que os desvalidos do MST, tradicional massa de manobra do PT, movidos a minguadas diárias e mortadela, sempre dispostos a marchar contra qualquer coisa. Tanto faz a liberdade de Lula ou a revogação da lei da oferta e da procura. Ainda que fosse um gigantesco popular espontâneo ele não teria o poder de revogar o que está escrito na lei.


A presidente do PT afirmou que o partido buscará junto à Justiça Eleitoral o direito de Lula participar da campanha eleitoral mesmo estando preso, mas avisou que ele estará na campanha “de um jeito ou de outro” e falará ao povo brasileiro “de um jeito ou de outro”. Na avaliação do PT, disse Gleisi, Lula só não vencerá a eleição se for impedido de concorrer, o que, na opinião da senadora, seria uma violência. Para o PT, cumprir o que determina a lei, quando isso não interessa ao partido, é violência.

“Você não tem eleições livres e democráticas se proibir o principal candidato de disputar”, disse Gleisi, se referindo ao fato de Lula liderar as pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República. Aparentemente distraída com o fato que o que impede Lula de ser candidato não são as suas intenções de voto, mas os seus crimes e a lei brasileira.

Em outro devaneio, Gleisi comparou o que avalia ser uma atuação política do Judiciário no Brasil e em outros países da América Latina com as ditaduras militares que governaram países da região nas décadas de 1960 a 1980. Novamente distraída, esqueceu que todas as ditaduras existentes atualmente na América Latina (Cuba, Nicarágua, Venezuela) são de esquerda e todas, sem exceção, parceiras do PT em assaltos ao erário. E nesses países, sim, o Judiciário age politicamente para atender os ditadores de plantão.