Gleisi destila falso moralismo ao dizer que o Estadão recorre a “fake news” para ajudar o mercado

Nada pode ser mais dissimulado do que o discurso de encomenda da senadora paranaense Gleisi Helena Hoffmann, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Na quinta-feira (23), a petista, que ainda não se conformou com a ideia de ter sido preterida como candidata a vice na chapa do inelegível Lula, disse que o jornal “O Estado de S. Paulo” recorreu a uma fake news para ajudar o mercado financeiro.

“Mais uma fake news do Estadão! Nem Haddad, nem coordenação da campanha buscam aproximação ou intensificam agenda com o mercado. Haddad está nesta semana no Nordeste, falando com o povo, defendendo Lula. O mercado já conhece o que pensamos, não precisamos dar explicações”, disse Gleisi.

Defender um condenado e preso por corrupção e lavagem de dinheiro não é tarefa fácil, apesar de o PT usar de todos os subterfúgios para ludibriar a parcela incauta da população, como fez ao longo doa anos em que esteve no comando do País, promovendo um desastre sem precedentes na história nacional.

Afirmar que um jornal da envergadura do Estadão está a valer-se de notícias falsas para favorecer o mercado financeiro é no mínimo mais um devaneio oportunista da senadora Gleisi Helena, que não sabe mais o que fazer para convencer o eleitorado e garantir uma vaga na Câmara dos Deputados, já que o plano de reeleição foi consumido pelos escândalos de corrupção protagonizados pelos “companheiros”.


Sobre o que o PT pensa a respeito do mercado financeiro, a cúpula da legenda deixou claro por ocasião do escândalo do Mensalão, quando bancos envolvidos na epopeia criminosa aceitaram simular empréstimos para dar ares de legalidade à repatriação de dinheiro sujo que repousava no exterior.

Outrossim, não se pode esquecer que Lula, o primeiro preso candidato à Presidência da história, fez a alegria dos banqueiros ao querer turbinar a economia à sombra da fórmula insana do crédito fácil. Por questões obvias os banqueiros não perderam um centavo sequer, mas Lula conseguiu produzir uma impressionante legião de endividados, que acreditaram que era possível sair às compras sem honrar com os compromissos assumidos. O sonho embusteiro vendido pelo PT acabou e entrou em cena o pesadelo.

Em 2002, meses antes da eleição presidencial daquele ano, banqueiros reunidos em entidade do setor, durante evento na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, não exibiam constrangimento quando afirmaram, em rodas de endinheirados, que Lula estava na mão.

O editor do UCHO.INFO, que na condição de jornalista acompanhava o encontro, ouviu essa declaração mais de uma vez da boca de sorridentes senhores do capital. Ou seja, Gleisi Hoffmann que vá destilar falso moralismo em outras freguesias, porque na intimidade esquerdista contemporâneo adora cultuar banqueiro.