Consultadas pelo Banco Central (BC), as principais instituições financeiras em atividade no País reduziram a estimativa de crescimento da economia e da inflação para 2018. De acordo com o Boletim Focus, do BC, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, passou de 4,16% para 4,05% este ano.
A redução ocorreu após a deflação registrada em agosto (0,09%), divulgada na última quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2019, a projeção para o IPCA permanece em 4,11%. Para 2020, a estimativa segue em 4% e para 2021 passou de 3,92% para 3,87%.
Para 2018 e 2019, as estimativas estão abaixo do centro da meta que deve ser perseguida pelo BC este ano, de 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a meta é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%. Já para 2020, a meta é 4% e 2021, 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).
De acordo com o mercado financeiro, a Selic deve permanecer em 6,5% ao ano até o final de 2018. Para 2019, a expectativa é de aumento da taxa básica, terminando o período em 8% ao ano e permanecendo nesse patamar em 2020 e 2021.
A manutenção da taxa básica de juro, como prevê o mercado financeiro este ano, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Atividade econômica
A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi reduzida de 1,44% para 1,40% neste ano. Para 2019, 2020 e 2021, a estimativa para o crescimento do PIB continua em 2,5%.
A previsão do mercado financeiro para a cotação do dólar permanece em R$ 3,80 no final deste ano e em R$ 3,70 no fim de 2019. (Com ABr)