Bolsonaro “amarela” e de novo usa os médicos como desculpa para fugir dos debates do segundo turno

Como antecipou o editor do UCHO.INFO no programa “QUE PAÍS É ESSE?”, o presidenciável do PSL, Jair Bolsonaro, usou os médicos que o acompanham desde o ataque em Juiz de Fora (MG) como desculpa para não participar dos debates do segundo turno.

A exemplo do que noticiou este portal, Bolsonaro trabalhou intensamente para vencer a corrida presidencial no primeiro turno, pois sabe que sua pouca intimidade com a oratória criaria problemas na segunda volta. Assumidamente despreparado em vários temas, o candidato do PSL não participará de nenhum dos debates do 2º turno programados para a próxima semana, como os do Estadão/Gazeta; SBT/Folha e RedeTV/IstoÉ.

Os médicos Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo e Leandro Echenique examinaram o presidenciável nesta quarta-feira e informaram à imprensa que Bolsonaro terá alta para atividades públicas de campanha a partir do dia 18. “Com certeza ele terá condições na semana que vem”, afirmou Macedo.

Essa declaração é estranha, pois enquanto Jair Bolsonaro ainda estava no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, os médicos afirmaram que ele poderia participar do último debate do primeiro turno, realizado pela TV Globo, caso quisesse.

Bolsonaro ainda apresenta processo de anemia e precisa recuperar massa perdida. “Ele ainda tem anemia. Então, a liberação não é completa. Não pode fazer viagens, nem atividades mais prolongadas”, disse Echenique.


Vasconcellos Macedo afirmou que a preocupação é garantir que o candidato recupere 15 quilos perdidos em duas cirurgias, uma ainda em Juiz de Fora (MG), no dia 6 de setembro, quando Bolsonaro levou a facada, e outra no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, no dia 28.

“Só com essa segunda cirurgia que eu fiz, ele perdeu muita massa muscular, porque é um homem magro. Vamos fazer, agora, uma intensa recuperação nutricional proteica. É preciso repor isso antes de qualquer situação de estresse.”

O médico cirurgião informou que a recuperação, no momento, exige um “repouso relativo”. “Ele aguentou um atentado terrível, mas estará liberado, com certeza, a partir da semana que vem. Na quinta-feira, ele deverá ir ao Hospital Albert Einstein para fazermos novos exames e, assim, será liberado para tudo que for necessário”.

Macedo disse também que Bolsonaro deverá passar por uma rápida cirurgia relacionada à retirada da colostomia, uma bolsa de acúmulo de fezes que foi acoplada ao seu corpo. Essa cirurgia, segundo os médicos, poderá ser feita a partir de 12 de dezembro, ou mesmo em janeiro. “É uma cirurgia muito mais simples que as demais”, afirmou.

Vencer uma eleição a reboque do discurso do ódio e fugindo dos debates é muito fácil. Essa decisão é uma amostra do que o Brasil deve esperar caso seja confirmada a eleição de Jair Bolsonaro no próximo dia 28. O País mergulhará em uma espiral que mescla incompetência com neofascismo.