Com alta de 0,47%, economia cresce pelo terceiro mês seguido em agosto, informa o Banco Central

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) apresentou expansão de 0,47%, em agosto, na comparação com julho deste ano, de acordo dados divulgados nesta quarta-feira (17) pelo Banco Central (BC). Segundo os dados revisados, a economia também cresceu em julho (0,65%) e em junho (3,45%).

Na comparação com agosto de 2017, espectro que permite compreensão mais realista do movimento econômico, o crescimento chegou a 2,5% (sem ajuste para o período). No período de doze meses encerrados em agosto, o indicador cresceu 1,5%. No ano, houve crescimento de 1,28%.

O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. O indicador foi criado pelo BC para tentar antecipar, por aproximação, a evolução da atividade econômica. Mas o indicador oficial é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).


Referência para o juro

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juro, a Selic.

Atualmente, a taxa Selic está em 6,5% ao ano, na mínima histórica. O mercado financeiro estima que a Selic avance para 8% ao ano até o fim de 2019.

Pelo sistema vigente no País, o BC precisa ajustar a taxa de juro para atingir as metas de inflação. Quanto maiores as taxas, um número menor de pessoas e empresas se dispõem a consumir, fazendo com que os preços de produtos e serviços caiam ou permaneçam estáveis.

Para 2018, a meta central de inflação é de 4,5%, com =intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. De tal modo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, pode ficar entre 3% e 6%, sem ultrapassar o teto da meta. (Com ABr)