TSE aponta inconsistências na prestação de contas da campanha de Jair Bolsonaro

Os técnicos da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) encontraram 17 indícios de irregularidades na prestação de contas da campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). O relatório da análise preliminar foi enviado nesta segunda-feira (12) ao ministro Luís Roberto Barroso, relator das contas.

A campanha de Bolsonaro entregou na semana passada ao TSE a prestação de contas, na qual afirma que foram arrecadados 4.377.640,36 reais e gastos 2.812.442,38 reais. No parecer, os técnicos apontam, entre outros, inconsistências entre os dados informados, recebimento de doações de fontes vedadas e descumprimentos de prazos.

Os especialistas pedem que Barroso dê um prazo de três dias para a equipe do presidente eleito enviar os documentos e esclarecimentos sobre os indícios de irregularidades e inconsistências.


“Ao efetuar o exame das manifestações e da documentação entregues pelo candidato, em atendimento à legislação eleitoral, foram observadas inconsistências ou registros na prestação de contas, relatados a seguir, para os quais se solicitam esclarecimentos e encaminhamento de documentação comprobatória”, diz o parecer.

Os técnicos afirmam que o presidente eleito Jair Bolsonaro não prestou informações sobre serviços contábeis e nem sobre os advogados que atuaram na campanha.

Além disso, a agência AM4 Brasil Inteligência Digital – a empresa que mais forneceu serviços à campanha do capitão reformado e que estaria envolvida no esquema de disparos em massa de mensagens contrárias ao PT no WhatsApp, a fim de beneficiar a candidatura de Bolsonaro – não tinha autorização da Justiça Eleitoral para realizar arrecadações de doações pela internet. (Com agências de notícias)