Lava-Jato: prefeito de Niterói e mais quatro são presos por corrupção e organização criminosa

O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, foi preso na manhã de desta segunda-feira (10) na Operação Alameda, desdobramento da Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Civil, através da Delegacia Fazendária (DELFAZ) e Departamento Geral de Polícia Especializada (DGPE), e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

O objetivo da operação é cumprir, ao todo, quatro mandados de prisão e 19 de busca e apreensão “contra uma organização criminosa acusada de corrupção ativa e passiva, através do recebimento de propina paga por empresários do transporte público rodoviário para agentes públicos de Niterói”, segundo divulgou a Polícia Civil.

As investigações, realizadas pela sub-procuradoria em parceria com a Polícia Civil, apontam para desvios superiores a R$ 10 milhões, entre os anos de 2014 e 2018, dos cofres públicos para pagamentos ilegais.


Também foi preso na operação Domício Mascarenhas de Andrade, ex-secretário municipal de Obras do município. Os quatro presos foram encaminhados para a Cidade da Polícia.

A pedido do Ministério Público, o Tribunal de Justiça expediu, além de mandados de prisão preventiva, ordens de busca e apreensão contra os acusados. A Operação Alameda foi executada pela da Polícia Civil, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) e pela Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ).

Além das residências dos acusados, as buscas alcançam também o gabinete do prefeito, as sedes de oito empresas de ônibus que prestam serviço no município, além de escritórios dos consórcios Transoceânico e Transnit, e do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (SETRERJ).