Contrariando anúncio feito pelo diretor de futebol do clube, Alexandre Mattos, que na última semana, após derrota para o Grêmio, garantiu a permanência de Luiz Felipe Scolari no comando da equipe, o Palmeiras demitiu o treinador na noite desta segunda-feira (2).
Felipão, que após a parada para a Copa Libertadores da América não conseguiu levar o Palmeiras às vitórias, também estava descontente no clube. Mesmo que o treinador negue essa informação, seu comportamento à beira do gramado, marcado por irritação e alguns destemperos, apontava para algo muito mais complexo do que a simples ausência de vitórias.
A demissão de Scolari ficou a cargo do presidente do Palmeiras, Maurício Galliote, que também anunciou a saída dos auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli. Se a pressão sobre o treinador cresceu sobremaneira após a eliminação na Copa Libertadores, a situação tornou-se insustentável na esteira da derrota para o Flamengo (3 a 0) no final de semana, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
Em sua terceira passagem pela Sociedade Esportiva Palmeiras, Felipão acumulou cinco eliminações em torneios “mata-mata”. Nesse período, a conquista do treinador resumiu-se ao Brasileirão de 2018. Scolari, que estava vivendo em Portugal, assumiu o comando do Palmeiras quando a equipe estava na sétima colocação do Campeonato Brasileiro, mas levou o clube ao título. Ao todo, foram 76 jogos, com 46 vitórias, 21 empates e nove derrotas.
Depois da parada para a Copa América, o Palmeiras não venceu um jogo sequer jogo no Campeonato Brasileiro, saindo da liderança na tabela para o quinto lugar, apesar de ter um jogo a menos do que os adversários. O mesmo período teve como pontos baixos as eliminações na Copa do Brasil, diante do Internacional, e na Copa Libertadores, para o Grêmio, na última semana.
A contratação de Scolari, em 2018, e a disposição do patrocinador do clube para investir pesado na contratação de jogadores deram ao torcedor do Palmeiras a falsa ideia de que conquistar títulos era obrigação. Esse conceito era facilmente identificado em conversas com torcedores do Verdão, até que a equipe começou a não render a ponto de sustentar o discurso ufanista.
Para substituir Scolari, a diretoria do Palmeiras convidou o técnico Mano Menezes, que recentemente deixou o Cruzeiro. A chegada de Mano ao Palmeiras ainda não está confirmada oficialmente, mas o treinador está sem vínculo laboral desde que deixou o clube mineiro.