A rede social Twitter anunciou, nesta terça-feira (15), que pode remover mensagens de políticos que violarem suas regras e destacou que líderes mundiais não estão isentos do regulamento da plataforma.
“Queremos deixar claro que as contas de líderes mundiais não estão acima de nossas políticas”, afirmou o Twitter. Em um comunicado, a plataforma destacou que se reserva o direito de tomar “medidas coercivas” contra tuítes ofensivos, sobretudo aqueles que incluam ameaças de violência ou divulguem informações privadas.
O anúncio foi feito num momento em que as redes sociais, principalmente o Facebook, enfrentam pressões por permitir divulgação de informações falsas e enganosas feitas por líderes políticos em todo o mundo.
Tanto o Facebook quanto o Twitter haviam declarado anteriormente que não removeriam comentários de lideranças mundiais “dignos de notícia”. O Facebook isentou ainda anúncios políticos de seu sistema de verificação de fatos.
Agora, o Twitter afirmou que sua política não deixa as rédeas soltas para publicações de líderes mundiais. A plataforma anunciou ainda que tomará medidas contra a “promoção do terrorismo” e “ameaças de violência claras e diretas”, além de mensagens que divulgarem informações como endereço ou telefone de terceiros.
A plataforma também se comprometeu a atuar quando houver divulgação de fotografias ou vídeos íntimos sem consentimentos e publicações relacionadas à exploração sexual infantil e à promoção da automutilação.
O Twitter destacou que não estava mudando suas regras de conduta. No entanto, a declaração atual contraria o anúncio feito pela plataforma em junho, em que afirmou que tuítes de líderes mundiais que violassem as normas da empresa, mas tivessem “interesse público”, não seriam apagados.
“Nosso objetivo é aplicar nossas regras de forma criteriosa e imparcial. Com eleições críticas e mudanças na dinâmica política no mundo, reconhecemos que estamos operando numa cultura política cada vez mais complexa e polarizada”, informou a empresa dona da rede social, prometendo reavaliar suas políticas constantemente.
O Twitter é um dos canais de comunicação preferidos de alguns líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro. Ambos muitas vezes utilizam suas contas para promover ataques a adversários políticos ou a jornalistas. (Com agências internacionais)