Incompetente e desastrado como parlamentar, a ponto de ser chamado de “laranja” pelo falecido deputado federal José Janene, então líder do Partido Progressista na Câmara dos Deputados, o agora presidente da República, Jair Bolsonaro, revela seu viés totalitarista e intolerante ao investir contra integrantes da bancada do PSL no Congresso Nacional.
Sem traquejo para o convívio partidário, Bolsonaro, que está de olho nos fundos partidário e eleitoral a que o PSL terá direito no próximo ano, tenta tomar a legenda de assalto, como se o Estado Democrático de Direito não existisse no Brasil. Apostando tudo contra desafetos dentro do próprio partido, o presidente corre o risco de ser alvo de processo de impeachment a qualquer momento, pois já há motivos para abertura de procedimento dessa natureza na Câmara.
Em vez de buscar a conciliação, o que garantiria a governabilidade e a aprovação de matérias de interesse do País, Jair Bolsonaro volta a atacar parlamentares do PSL que não rezam pela sua cartilha, o que vem provocando reações cada vez mais perigosas e ameaçadoras por parte dos atacados.
Eleito na esteira da promessa de governar de jeito novo e diferente, Bolsonaro vem confirmando o que o UCHO.INFO sempre afirmou desde o começo da corrida presidencial desde 2018: ele é o que se costuma chamar de “mais do mesmo”. Cercado de aduladores que perderam a vergonha e desconhece o mais basilar conceito de democracia, o presidente tornou-se figura desprezível nos meios políticos, o que faz com que seja alvo de ataques e ameaças de toda ordem.
Depois de ser derrotado no cabo de guerra que protagonizou com o líder do PSL na Câmara dos Deputados, Delegado Waldir (GO), Bolsonaro agora é acusado de comprar votos para emplacar o filho Eduardo na liderança da legenda. A acusação é do próprio Delegado Waldir, que nesta sexta-feira (18), em entrevista ao jornal “O Globo”, voltou à carga contra o presidente da República.
Na madrugada da quinta-feira (17), o líder do PSL chamou Bolsonaro de “vagabundo” e afirmou estar disposto a “implodir” o presidente da República. Horas depois, Waldir disse que a declaração foi dada no calor dos ânimos e que nada tinha de comprometedor contra o chefe do Executivo federal.
Como a briga pelo comando do PSL continua com pauta prioritária para Jair Bolsonaro, as acusações voltaram à cena. Não obstante, a Executiva nacional do PSL decidiu suspender as atividades partidárias de cinco parlamentares da ala “bolsonarista”, além de prometer denunciar seis outros deputados da legenda com o objetivo de cassação de mandato. Ou seja, a guerra no PSL não deve acabar tão cedo.
Repetindo o alerta feito em matéria publicada na edição de quinta-feira, o UCHO.INFO lembra que Fernando Collor de Mello deu largos passos na direção do impeachment no momento em que decidiu desfaiar o Congresso Nacional, tentando impor seu jeito totalitarista de ser por meio de ações e declarações estapafúrdias. Ratificando o que sempre afirmamos, a chance de Bolsonaro não terminar o mandato cresce com o passar dos dias.