Jorge Kajuru cobra demissão do ministro da Educação por ofensas a internautas em rede social

Em discurso nesta segunda-feira (18), no plenário do Senado da República, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) criticou o ministro da Educação, Abraham Weintraub, por ofender cidadãos pela internet. O parlamentar goiano fez referência em seu discurso ao episódio ocorrido na última sexta-feira (15), Dia da Proclamação da República, ocasião em que o ministro publicou no Twitter texto em defesa da a monarquia.

Alguns internautas emitiram opinião contrária à postagem e criticaram o ministro da Educação, que reagiu atacando seus seguidores na rede social. Na opinião do senador Jorge Kajuru, o presidente da República errou ao escolher Weintraub para comandar a pasta da Educação. O senador destacou em seu discurso que o ministro irritou-se com as críticas e acabou usando o termo “égua” para referir-se à mãe de um internauta.

“Na liturgia do cargo de um ministro da Educação, ele pode responder assim para um seguidor, para um brasileiro que apenas discordou quando ele veio falar de monarquia?”, indagou Kajuru. O parlamentar sugeriu ao presidente Jair Bolsonaro a imediata demissão do ministro da Educação, não sem antes afirmar que Weintraub deve ser substituído por alguém que esteja à altura do cargo e tenha a necessária competência.

“É de ficar realmente indignado, qualquer adjetivo aqui cabe quanto à revolta. O pior é que, nesse teatro do absurdo, nós temos sido os palhaços. E eu não vou ser palhaço de uma pessoa sem nenhuma sensibilidade e, principalmente, sem nenhuma educação e que agride quem não concorda com ele, usando palavrões contra mãe, contra pai e até contra a aparência física da pessoa”, afirmou Jorge Kajuru.

Esperar que Bolsonaro demita o ministro da Educação é passar recibo de inocência, o que não significa que o senador do Cidadania agiu erroneamente ao protestar durante discurso em plenário. A atitude de Weintraub é merecedora de críticas e reprovação, mas encontra guarida no comportamento quase semelhante de Bolsonaro, que ofende quem o contraria com perguntas comprometedoras.


Em 5 de outubro passado, o presidente da República, ao deixar o Palácio da Alvorada, foi questionado sobre o paradeiro de Fabrício Queiroz. Visivelmente irritado, Bolsonaro disse que o ex-assessor parlamentar do filho Flávio estaria com a mãe de quem lhe fizera a pergunta. “Tá com sua mãe”, respondeu o presidente a um simpatizante que o aguardava à porta da residência oficial.

Desde a corrida presidencial de 2018, o UCHO.INFO vem afirmando de forma reiterada que Jair Bolsonaro é um incompetente confesso e desprovido de estopo para cargo de tamanha relevância e responsabilidade.

No momento em que a máxima autoridade do Executivo federal adota um discurso tosco e rasteiro, típico de frequentadores de casa de alterne, não causa surpresa o comportamento de alguns assessores, a começar por Abraham Weintraub, um ignaro que confunde “kafta” com “Kafka” e “acepipes” com “asseclas”.

Na opinião de generais próximos ao presidente da República, Weintraub está mais para ministro da “falta de educação”. Sobre a postagem de Weintraub, um general que passou pelo Comando Militar do Planalto e pelo Comando Militar do Sudeste disparou: “Nunca vi nada igual. Faltam educação e civismo ao ministro da Educação”.

Movido pela estupidez discursiva, Bolsonaro, que cada vez mais é motivo de chistes e galhofas, incentiva atitudes como a de Weintraub, pois o palavrório tosco e agressivo agrada à massa que o apoia. É preciso que alguém avise ao presidente da República que a eleição presidencial acabou em 28 de outubro de 2018 e que desde 1º de janeiro deste ano ele tem o dever de governar para todos os brasileiros, independentemente de questões ideológicas. (Com Agência Senado)