Bolsa despenca mais de 7% diante do avanço do coronavírus; dólar encerra pregão cotado a R$ 4,44

O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira de Cinzas (26) cotado a R$ 4,4413, no vácuo dos esperados ajustes pós-carnaval, quando o mercado internacional registou perdas consideráveis por conta do avanço do coronavírus fora do território chinês.

Com queda nos preços do petróleo, a confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil e a turbulência política no País crescendo à sombra das investidas totalitaristas do presidente Jair Bolsonaro, o mercado decidiu redobrar a cautela.

Antes da abertura do pregão, às 13h desta quarta-feira, o Banco Central (BC) anunciou leilão das 13h30 às 13h40 de até 10 mil contratos de swap cambial, num total de US$ 500 milhões. Essa decisão contraria a fala do presidente do BC, Roberto Campos Neto, que há dias afirmou não estar preocupado com a disparada da moeda norte-americana.

 
Bolsa

Em meio à ressaca momesca, a Bolsa de Valores abriu os negócios nesta quarta-feira com forte queda. Por volta das 16h50, o Ibovespa registrava queda de 7,13%, a 105.575 pontos, menor patamar desde novembro de 2019.

O recuo é o maior desde o dia em que o País tomou conhecimento do escândalo envolvendo o empresário Joesley Batista, quando a Bolsa teve queda de 8,8% após divulgação de uma gravação comprometedora entre o então presidente Michel Temer e o dono do grupo J&F.

Ações registram forte desvalorização

Como noticiado pelo UCHO.INFO, a instabilidade do mercado e o avanço do coronavírus fizeram com que papeis de empresas brasileiras (ADRs) comercializados na Bolsa de Nova York, na segunda e terça-feira, repetissem o mesmo desempenho no País nesta quarta. Papeis das companhias aéreas Azul (PN) e Gol (PN), da mineradora Vale (ON) e da Petrobras registraram perdas.

O setor de alimentos também não escapou das perdas. JBS (ON), Marfrig (ON), BRF (ON) e Minerva (ON) registraram baixas.