A tenista russa Maria Sharapova anunciou, na quarta-feira (26), a sua aposentadoria aos 32 anos. O anúncio foi feito em comunicado publicado nas revistas Vogue e Vanity Fair.
Nascida na Sibéria, Sharapova alcançou o estrelato ao se tornar a primeira russa a vencer o torneio de Wimbledon em 2004, aos 17 anos. Vencedora de cinco Grand Slams, chegou a ser a atleta mais bem remunerada do planeta, até ser superada pela tenista norte-americana Serena Williams.
“Sou nova nisso, então, por favor, perdão. Tênis, estou dizendo adeus”, escreveu Sharapova no comunicado. Sua decisão não é uma grande surpresa, desde que retornou as quadras em 2017, depois de ser banida por 15 meses após ser flagrada em exame antidoping durante o Aberto da Austrália, seu desempenho não era um dos melhores.
A ex-número 1 do mundo jogou apenas duas partidas neste ano, perdendo na primeira rodada do Aberto da Austrália e figura atualmente apenas na 373ª colocação no ranking da Associação de Tênis Feminino (WTA).
“Olhando para trás, percebo que o tênis tem sido minha montanha. Meu caminho tem sido cheio de vales e desvios, mas as vistas do seu pico foram incríveis”, escreveu. “Depois de 28 anos e cinco Grand Slams, estou pronta para escalar outra montanha, para competir em terreno diferente”, acrescentou.
A estrela russa completou sua carreira no Grand Slam, quando ganhou o Aberto da França, em 2012. Dois anos depois, ela venceu novamente o Roland Garros, seu maior título. Sharapova entrou para a história como a primeira mulher russa a alcançar o primeiro lugar no ranking em 2005 e a conquistar o Aberto dos Estados Unidos em 2006.
Sharapova entrou em quadra pela última vez durante a primeira rodada do Aberto da Austrália deste ano, quando perdeu para a croata Donna Vekic. No texto, ela admitiu que as lesões recentes se tornaram um empecilho para que a carreira tivesse sequência. “Meu corpo se tornou uma distração”, escreveu.
A tenista fez sucesso dentro e fora das quadras, tornando-se uma das atletas mais bem pagas dos últimos 15 anos. O pior momento da carreira foi a punição por doping pelo consumo de Meldonium, que a manteve longe das quadras de janeiro de 2016 a abril do ano seguinte. Depois disso, conquistou apenas mais um troféu, no WTA International de Tianjin, na China, em 2017.
De acordo com a revista Forbes, a estrela russa foi a atleta feminina mais bem remunerada no planeta durante 11 anos consecutivos, até 2016. Ela também se estabeleceu como empresária e lançou uma marca própria de doces e afirmou que continuará perseguindo vitórias.
“Não importa o que esteja por vir, eu vou investir o mesmo foco, a mesma ética de trabalho e todas as lições que aprendi ao longo do caminho”, escreveu. (Com agências internacionais)