Morre no Rio de Janeiro, aos 73 anos, o poeta e letrista baiano Jorge Salomão

 
Morreu na manhã deste sábado (7), no Rio de Janeiro, aos 73 anos, o poeta e letrista Jorge Salomão. Ele estava internado no Hospital Miguel Couto, na Zona Sul carioca, onde na última semana, após reclamar de dores no abdômen, foi submetido a cirurgia em decorrência de úlcera no duodeno.

Em fevereiro, Jorge Salomão sofreu infarto do miocárdio e foi internado no Instituto Estadual de Cardiologia, no bairro do Humaitá. Na ocasião, o letrista implantou três pontes de safena, uma válvula e stents.

Natural de Jequié, na Bahia, Salomão mudou-se definitivamente para o Rio de Janeiro em 1969. Irmão do também poeta e compositor Waly Salomão (1943-2003), Jorge atuou também como performer e diretor teatral. Dirigiu diversas peças em Salvador, entre elas “O macaco da vizinha” (de Joaquim Manuel de Macedo) e “A boa alma de Setchuan” (Bertold Brecht), além de várias apresentações musicais.

 
Como letrista, Jorge Salomão teve canções gravadas por nomes consagrados da música brasileira, como Marina Lima (“Pseudoblues”), Zizi Possi (“Noite”), Adriana Calcanhotto (“Sudoeste”), Cássia Eller (“Barraco”) e Barão Vermelho (“Política voz”).

Em dezembro de 2019, a editora Gryphus publicou um compendio de suas obras no livro “7 em 1”, que reúne material de “Mosaical”, “Olho do tempo”, “Campo da Amérika”, “Sonoro”, “A estrada do pensamento”, “Conversa de mosquito” e “Alguns poemas e + alguns”, lançados entre 1994 e 2016.

Outro disco, cuja produção tem apoio do Sesc e deverá ser lançado em breve, traz composições de Jorge Salomão nas vozes de Wanderléa, Zeca Baleiro e Mônica Salmaso.