Coronavírus leva companhia aérea Gol a cancelar voos internacionais até o final de junho

 
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro abusa da fanfarronice ao tratar do avanço do novo coronavírus no País, classificando como “histeria” a decisão dos governadores de adotar medidas drásticas para conter a Covid-19, algumas empresas, cientes da tragédia que se aproxima, começam a sentir os efeitos colaterais da pandemia e tentam adequar seus negócios à nova realidade.

É o caso da empresa aérea Gol, que nesta terça-feira (17) anunciou a suspensão dos voos internacionais até 30 de junho. De acordo com a companhia, a medida tem por objetivo visa adequar as operações ao novo cenário de demandas por transporte aéreo em meio à pandemia de coronavírus.

Em comunicado, a Gol afirma que acata as restrições de viagem impostas por autoridades dos países em que opera – Argentina, Bolívia, Chile, Equador, Estados Unidos, México, Paraguai, Peru, República Dominicana, Suriname e Uruguai–, além das recomendações das autoridades dos Estados Unidos.

 
Em relação ao mercado doméstico, a companhia informou que os voos também serão reduzidos, com previsão de corte da malha aérea entre 50% e 60%. Ao todo, considerando voos nacionais e internacionais, a Gol estima que diminuirá suas operações em até 70% até junho.

“A Gol acompanha de perto as recomendações dos órgãos responsáveis não só com relação à saúde e bem-estar de quem a escolhe para voar, mas também ligadas à flexibilização das políticas de remarcação e cancelamento de viagens nacionais e internacionais”, afirma a companhia em nota.

No tocante às passagens marcadas até 14 de maio, as opções são de cancelamento e crédito para uso até um ano a partir da data de compra do bilhete; remarcação para qualquer período dentro de 330 dias a partir da data de compra; e cancelamento e reembolso, em que não há taxa de cancelamento, podendo existir cobrança de taxa de reembolso dependendo da regra da tarifa escolhida no momento da compra.