Coronavírus revelou ao País que oligofrenia de Bolsonaro está além do aceitável e deve ser analisada

 
Que Jair Bolsonaro tem sério problema de personalidade, o que o obriga, em diversas ocasiões, a imitar o presidente dos Estados Unidos o mundo já percebeu. Em relação à devastadora crise do novo coronavírus, que já infectou mais 300 mil pessoas ao redor do planeta e deixou mais de 13 mil mortos, Bolsonaro passou a encenar solitariamente uma epopeia patética depois que Donald Trump percebeu a necessidade de mudar o discurso.

Teimando em manter a oratória tosca e obtusa apenas para agradar seus apoiadores, o presidente brasileiro atentou contra a lógica e a ciência ao minimizar o avanço da pandemia e os estragos promovidos pela Covid-19. Entre os absurdos vociferados por Bolsonaro, merecem destaque:

“Muito do que tem ali é muito mais fantasia, a questão do coronavírus, que não é isso tudo que a grande mídia propaga. Alguns da imprensa conseguiram fazer de uma crise a queda do preço do petróleo.”

“Os governadores são verdadeiros exterminadores de emprego. Essa é uma crise muito pior do que o próprio coronavírus vem causando no Brasil.”

“A questão do coronavírus também que, no meu entender, está superdimensionado, o poder destruidor desse vírus. Então talvez esteja sendo potencializado até por questão econômica, mas acredito que o Brasil, não é que vai dar certo, já deu certo.”

“É uma questão grave, mas não podemos entrar no campo da histeria.”

“Depois da facada, não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar.”

 
No domingo (22), em entrevista à TV Record, que sempre franqueia a própria telinha para os desvarios oficiais, o presidente da República mais uma vez atacou os governadores, que tentam de todas as formas proteger a população. “O povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia nessa questão do coronavírus”, disse Bolsonaro, que já deveria descer do palanque pelo menos agora.

Convencido de que o tom beligerante de seu discurso em nada ajuda o governo e só o coloca no cadafalso da opinião pública, Jair Bolsonaro reuniu-se virtualmente com governadores das regiões Norte e Nordeste para tratar da crise do novo coronavírus. Foi um balão de ensaio antes da reunião com os governadores do Sul e do Sudeste, regiões que concentram mais de dois terços do poderio econômico nacional, como já mencionamos.

Depois do encontro, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, um Jair Bolsonaro visivelmente nervoso, que em pé diante do microfone ia de um lado para o outro, disse diante dos jornalistas que a reunião com os governadores foi excepcional. E mais: o presidente reconheceu que o coronavírus é um inimigo a ser derrotado. “O que mais imperou sobre nós foram as palavras cooperação e entendimento. Sabemos que temos um inimigo em comum, o vírus”, disse o presidente. Além disso, o chefe do Executivo anunciou plano que envolve R$ 88,2 bilhões em recursos federais para auxiliar os estados no combate à pandemia. Os governadores estão a enganar a população e Bolsonaro libera R$ 88 bilhões aos estados?

Para quem até dias atrás tratava com desdém e galhofas a crise da Covid-19 e no domingo afirmou que em relação ao coronavírus “o povo saberá que foi enganado por esses governadores e por grande parte da mídia”, Bolsonaro está com pane no sistema cognitivo. Aliás, na opinião do UCHO.INFO, a crise do coronavírus revelou aos brasileiros que a oligofrenia de Bolsonaro ultrapassou os limites do aceitável e precisa ser tratada.