Cada vez mais isolado politicamente, Bolsonaro isola-se na pandemia do coronavírus com propostas absurdas

 
Presidente da República, Jair Bolsonaro conseguiu a proeza de isolar-se em termos políticos nos cenários nacional e internacional. No Brasil, Bolsonaro optou pelo confronto, como sempre, e colheu a união de todos os governadores contra sua teoria esdrúxula de isolamento vertical para conter o avanço da pandemia do novo coronavírus, priorizando a manutenção da atividade econômica.

No cenário internacional, Jair Bolsonaro tornou-se alvo de chistes dos mais variados por conta das medidas que vem defendendo na seara da Covid-19. Enquanto o restante do planeta trata a pandemia com responsabilidade e impõe medidas duras para evitar que o caos se agigante, o presidente brasileiro recorre ao populismo barato para, agradando à sua patuleia, pavimentar o caminho que garantiria seu projeto de reeleição.

Frouxo e manipulável, Bolsonaro foi um enorme fiasco como parlamentar, assim como em sua carreira militar – os fatos comprovam isso –, mas sua atuação como governante avança sobre o terreno da irresponsabilidade e do despreparo. É inimaginável que um presidente da República, que enquanto candidato afirmou ser o único capaz de solucionar os problemas do País, desconhecer os problemas da nação a ponto de propor o isolamento vertical.

Propor uma medida como essa é defender a eliminação sumária de parte da população brasileira, já que a desigualdade social e idade avançada dos cidadãos configurariam uma bomba-relógio prestes a explodir. Somente ignorantes defende esse modelo de isolamento, pois desconhecem a realidade do País e pouco se importam com as condições de vida dos desassistidos pelo Estado. Alguém há de afirmar que o UCHO.INFO é um veículo de comunicação com viés esquerdistas, mas coerência e bom senso não têm bandeira ideológica, para desespero dos radicais.

 
Priorizar a atividade econômica em detrimento da preservação de vidas é atitude típica de governantes facinorosos, que agem sempre com foco nos próprios interesses. Ciente de que a crise do coronavírus provocará uma débâcle na economia nacional, assim como na economia global, o presidente tenta salvar seu projeto político, mesmo que para tal tenha que mandar para o necrotério algumas centenas de cadáveres, todos alvejados pelo vírus causador da Covid-19, que, é bom ressaltar, está longe de ser uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”.

Além de despreparado e desprovido de estofo para o cargo de presidente da República, Bolsonaro é um totalitarista que flerta diuturnamente com o retrocesso. De tal modo, não aceita ser contrariado e tenta impor suas vontades e seus pensamentos à sombra de ameaças disparadas nos bastidores, enquanto regurgita sandices sobre a horda de apoiadores, sempre ensandecida com seu besteirol.

Contudo, necessário faz-se que alguém avise ao presidente que de nada adianta priorizar a operação de salvamento da economia, já que, cedo ou tarde, o caos há de se instalar na esteirada pandemia. Sendo assim, o melhor a se fazer é, sempre focando no combate ao coronavírus, salvar o maior número de vidas possível para que mais adiante nos preocupemos com a retomada da atividade econômica.

Se os especuladores de plantão fazem pressão nas entranhas do poder para que o cenário do lucro fácil volte a prevalecer, que cada um enfrente os efeitos colaterais dos investimentos, até porque, assim como na morte, na pandemia também somos todos iguais. E temos dito!