O jornalista e escritor Nirlando Beirão morreu nesta quinta-feira (30), aos 71 anos, em decorrência de complicações causadas por esclerose lateral amiotrófica (ELA). Ele foi diagnosticado com a doença em 2016.
Ao longo da carreira, Nirlando Beirão passou por alguns dos principais veículos de comunicação do País, como as revistas Veja, IstoÉ, Playboy, Brasileiros, Caras e Carta Capital, e os jornais “O Tempo” e “O Estado de S. Paulo”.
Antes do agravamento da doença, Beirão se dividia entre os trabalhos de chefe de redação da Carta Capital, comentarista político do Jornal da Record News, comandado por Heródoto Barbeiro, o blog político que mantinha no portal R7.
Dono de um texto refinado, Beirão escreveu livros como “Corinthians: É Preto no Branco”, em parceria com Washington Olivetto; “Caminho das Borboletas”, com depoimentos da modelo e apresentadora Adriane Galisteu sobre o relacionamento com Ayrton Senna; “Claudio Bernardes”, biografia do arquiteto carioca; e “Original: a História de um Bar”, sobre a conhecida casa paulistana e outros bares famosos da cidade.
Seu mais recente livro, lançado em 2019, é “Meus Começos e Meu Fim”, que abordava a “ELA”, doença degenerativa da qual sofria, ao mesmo tempo em que conta a história do amor secreto entre seus avós paternos.
Nascido em 26 de novembro de 1948, em Belo Horizonte (MG), Nirlando Antonio Lacerda Beirão formou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mas apaixonou-se pelo jornalismo em 1967, quando começou a trabalhar no jornal “Última Hora”.
O jornalista deixa a mulher, a dramaturga Marta Góes, a filha Júlia Beirão e os enteados, os jornalistas Antonio Prata e Maria Prata.
