A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a crise provocada pelo novo coronavírus provocará queda histórica do volume de vendas no varejo, no Dia das Mães deste ano. Em comparação com 2019, a entidade projeta encolhimento de 59,2% no faturamento real do setor na data, considerada a segunda mais importante no calendário varejista brasileiro.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, a projeção de queda nas vendas para o Dia das Mães por causa da pandemia ficou acima das perdas estimadas para a Páscoa (-31,6%).
“O Dia das Mães deste ano ocorrerá em meio ao fechamento de segmentos importantes para a venda de produtos voltados para a data, como vestuário, lojas de eletrodomésticos, móveis e eletroeletrônicos. Já a Páscoa tem como característica a venda de produtos típicos em segmentos considerados essenciais, como supermercados, que permaneceram abertos desde o início do surto de covid-19”, disse, em nota.
Segundo a CNC, o ramo de vestuário e calçados é o que apresenta a maior expectativa de encolhimento durante o Dia das Mães, com queda de 74,6%, seguido pelas lojas especializadas na venda de móveis e eletrodomésticos, com perda de 66,8%, e pelo segmento de artigos de informática e comunicação, com retração de 62,5%.
O economista da CNC responsável pela pesquisa, Fabio Bentes, afirma que o comércio deverá registrar retração em todos os estados do País nos dias que antecedem a data. “São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, unidades da Federação que respondem por mais da metade das vendas voltadas para o Dia das Mães, tendem a registrar perdas de 58,7%, 47,4% e 46,6%, respectivamente”, afirmou.
Em termos relativos, segundo Bentes, três estados do Nordeste deverão registrar as maiores perdas: Ceará (-74,2%), Pernambuco (-73,5%) e Bahia (-66,2%). (Com ABr)
