Um dos pioneiros do rock’n’roll, Little Richard morreu neste sábado (9), aos 87 anos. Danny Penniman, filho do músico, confirmou a morte à revista Rolling Stone, mas disse que a causa é desconhecida. O agente do cantor informou posteriormente que o músico morreu em decorrência de câncer nos ossos.
Richard já estava com a saúde bastante debilitada havia alguns anos, sofrendo com problemas no nervo ciático e no quadril, o que levou-o a reduzir sobremaneira o número de shows. Além disso, o músico sofreu um derrame.
Nascido em 5 de dezembro de 1932, em Macon (Geórgia), Richard Wayne Penniman iniciou no mundo da música ainda na adolescência, na década de 1940. Em casa, Little sofria por sua orientação sexual e apanhava do pai.
Ele foi responsável por sucessos como “Tutti Frutti”, “Long Tall Sally”, “Rip It Up”, “Lucille”, “Good Golly Miss Molly”, entre outros. O músico se autoproclamava como “o arquiteto do rock”.
Little Richard vendeu mais de 30 milhões de discos e realizou uma série de gravações que ajudaram a estabelecer o rock’n’roll. Ele influenciou uma série de bandas e artistas como Beatles, Otis Redding, Creedence Clearwater Revival e David Bowie.
Com uma lista de fãs ilustres, entre eles Elton John e Paul McCartney, o músico também ganhou notoriedade por seu estilo extravagante durante as performances, que iam dos gritos fervorosos aos trajes coloridos e vibrantes.
Na vida pessoal, Richard oscilou entre momentos de rebeldia e períodos de religiosidade, situação conflitante refletida em suas músicas. Em 1958 tornou-se pastor evangélico, retomando a carreira musical somente em 1962.
Em 2009, Little Richard submeteu-se a cirurgia no quadril, o que obrigou a apresentar-se somente sentado. O artista anunciou sua aposentadoria em 2013 aos 80 anos.