O número de mortes causadas pela Covid-19 no Brasil passou de 31 mil nesta terça-feira (2), segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, foram registrados 1.262 óbitos, elevando o total para 31.199. Trata-se do maior número diário de mortes contabilizado desde o início da epidemia do novo coronavírus no País.
Além do Brasil, apenas o Reino Unido, a Itália e os Estados Unidos registraram mais de 30 mil mortes por Covid-19 em todo o planeta. De acordo com o Ministério da Saúde, os óbitos registrados nesta terça-feira ocorreram nos últimos três dias. Outras 4.312 mortes suspeitas estão sendo investigadas.
Também foram registradas 28.936 novas infecções pelo vírus SARS-CoV-2, elevando o número total de casos confirmados para 555.383. O ministério informou ainda que 223.638 pacientes já se recuperaram da Covid-19.
Considerando que a subnotificação no Brasil varia entre 1:7 e 1:10, o número de contaminados pelo novo coronavírus deve beirar os 4 milhões, o que faz do País epicentro global da doença. Sob a mesma ótica devem ser analisadas as mortes pela Covid-19, uma vez que muitos óbitos são registrados com a causa a ser investigada.
O estado mais afetado pela epidemia do novo coronavírus continua sendo São Paulo, com 118.295 casos confirmados e 7.994 óbitos. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 56.732 casos e 5.686 mortes, seguido por Ceará, 53.073 infecções e 3.421 mortes, e Amazonas, 43.195 infecções e 2.102 mortes.
Pouco antes de o Brasil ultrapassar a marca de 30 mil mortos, o presidente Jair Bolsonaro voltou a desprezar os números. Ao ser questionado por uma apoiadora na manhã desta terça-feira sobre as mortes provocadas pelo coronavírus, Bolsonaro disse que era o “destino”.
“Eu lamento todos os mortos, mas é o destino de todo mundo”, afirmou Bolsonaro em frente ao Palácio da Alvorada. Quando o país contabilizou mais de 5 mil mortes, o presidente chegou a afirmar “e daí? Lamento. Quer que eu faça o quê?”.
O Brasil, assim como os demais países, vive uma crise de saúde sem precedentes, com direito a dezenas de milhares de mortos por um vírus que continua na condição de inimigo desconhecido, mas Bolsonaro insiste em criar turbulências políticas, como se a vida do cidadão nada valesse.
