Bolsonaro radicaliza discurso contra manifestantes, chamados de “marginais, maconheiros e desocupados”

 
Confirmando matéria anterior do UCHO.INFO, o presidente Jair Bolsonaro continua flertando com caos, como forma de manter unida sua base de radicais apoiadores e permanecer no cargo. Há muito que este site afirma que Bolsonaro é avesso à democracia e à liberdade, sempre agindo contra o Estado de Direito. Mesmo assim, o presidente ousa falar em democracia e direitos individuais, como se nula fosse a capacidade de raciocínio do brasileiro, que já percebeu a ameaça que representa o atual governo.

No estilo cópia mambembe do presidente dos Estados Unidos, que enfrenta protestos antirracistas em todo o território americano, Bolsonaro repete seu homólogo e sugere usar a Força de Segurança Nacional contra os manifestantes que protestarem contra o seu governo.

Nesta sexta-feira (5), durante evento de inauguração de hospital de campanha em Águas Lindas de Goiás, cidade a 57 quilômetros de Brasília, o presidente disse que se os manifestantes “extrapolarem os limites da lei” as forças federais entrarão em ação.

“O outro lado, que luta por democracia, que quer o governo funcionando, quer um Brasil melhor e preza por sua liberdade, que não compareçam às ruas nestes dias para que as forças de segurança, não só estaduais, bem como a nossa, federal, façam seu devido trabalho porventura estes marginais extrapolem os limites da lei”, disse o sempre descontrolado Bolsonaro.

É importante ressaltar que o papel legal da Força Nacional de Segurança não é violar a Constituição, como deseja o presidente da República, até porque a livre manifestação é um direito constitucional, mas proteger o patrimônio público. Agir contra manifestantes que defendem a democracia é mais um sinal claro de tirania por parte de um paranoico que flerta diuturnamente com o totalitarismo.

 
Bolsonaro afirmou que os manifestantes contra seu governo “geralmente são marginais, maconheiros, desocupados que não sabem o que é economia, o que é trabalhar para ganhar seu pão de cada dia”. “Querem quebrar o Brasil em nome de uma democracia que nunca souberam o que é e nunca zelaram por ela”, completou o presidente.

A pior parte do destampatório presidencial, vociferado nesta sexta-feira, foi antecipado pelo UCHO.INFO em forma de alerta para o perigo que representa a “milicianização” das Polícia Militares, onde é grande o número de simpatizantes de Bolsonaro, que por conta disso agem com truculência contra os adversários do governo.

Preocupado com o avanço dos protestos contra o próprio governo, Bolsonaro pediu para que policiais militares cooperem para sufocar o movimento antifascista, como se liberdade de manifestação inexistisse no País.

Com essas declarações, o presidente não apenas atiça a horda de apoiadores para levá-los às ruas, mesmo que seu discurso pontual seja na direção contrária, mas tenta provocar um cenário de ruptura, que poderá acontecer a partir dos infiltrados nos movimentos antifascistas. Esses infiltrados são encarregados de promover atos de violência e depredação, abrindo caminho para desqualificar os movimentos e eventualmente uma radicalização ainda maior.

É importante que os brasileiros de bem reajam à altura e com a necessária rapidez, antes que Bolsonaro empurre o País no precipício do retrocesso, do obscurantismo e da arbitrariedade. Ainda é tempo!