Bolsonaro nomeia o professor Carlos Alberto Decotelli da Silva para comandar o Ministério da Educação

 
Escolhido para ocupar a vaga deixada pelo polêmico e inconsequente Abraham Weintraub, que escapou para os Estados Unidos na calada da noite, o professor Carlos Alberto Decotelli da Silva é o novo ministro da Educação. O anúncio foi feito pelo presidente Jair Bolsonaro em rede social e a nomeação já foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União (DOU).

Decotelli, 67 anos, é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em Administração pela FGV e doutor em administração financeira pela Universidade de Rosário (Argentina) e pós-doutor pela Bergische Universität Wuppertal (Alemanha).

Oficial da reserva da Marinha, o que o transforma no 11º ministro militar do atual governo, Decotelli é especialista em finanças, administração e educação. Foi professor de Pós-Graduação em Finanças na Fundação Dom Cabral e na FGV; professor e membro da equipe de criação do curso de Pós-Graduação em Finanças na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).

O novo ministro foi um dos responsáveis pela criação dos cursos MBA Finanças no Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais – IBMEC, juntamente com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Além de ter atuado como professor de Gestão Financeira Corporativa em Wall Street, no New York Institute of Finance.

 
Barrado no baile

Na última terça-feira (23), o presidente da República recebeu no Palácio do Planalto o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, empresário do ramo de tecnologia, na condição de um dos cotados para assumir a pasta. O nome de Feder não agradou a ala ideológica do governo, que insiste em pessoas com perfil conservador ou radical, como é o caso de Weintraub.

Responsável pelo chamado “gabinete do ódio”, o vereador licenciado Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), o “02”, foi um dos primeiros a criticar Feder. O filho do presidente da República alegou que Federa estaria sendo “simpático demais com a imprensa”.

Além disso, para Carlos Bolsonaro o secretário da Educação paranaense seria “ingênuo” e não “compreende a doutrinação” implantada pela esquerda dentro das escolas brasileiras. Ou seja, a prevalecer a vontade dos filhos do presidente, a Educação brasileira continuará nas searas da tragédia e da incerteza. Aliás, basta conferir o que foi feito no setor desde o início governo Bolsonaro.