Integrante do “gabinete do ódio” e assessor especial da Presidência, Tércio Arnaud está com Covid-19

 
Depois do negacionismo em relação à pandemia do novo coronavírus, o que abriu caminho para sua irresponsabilidade genocida, o presidente Jair Bolsonaro começa a perceber que a Covi-19 está longe de ser uma “gripezinha” ou um “resfriadinho”, como ele próprio classificou a doença.

O risco de contágio, que Bolsonaro sempre ignorou ao rejeitar o uso de máscara de proteção, participar de atos antidemocráticos sem o equipamento e provocar aglomerações, agora começa a se fazer presente nas entranhas do Palácio do Planalto, onde o empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp, contraiu a doença durante reunião com o presidente da República.

Horas depois do anúncio de que Skaf testou positivo para a Covid-19 e está internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para tratar de uma pneumonia, surge a notícia de que Tércio Tomaz Arnaud, assessor especial da Presidência e um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”, também testou positivo para Covid-19.

Arnaud faz parte da equipe responsável pelas redes sociais de Bolsonaro e é apontado como integrante do esquema criminoso de notícias falsas que favorecem o presidente da República.

 
O assessor especial, que foi apontado pelo Facebook como operador de páginas fraudulentas derrubadas pela rede social, também é um dos comandantes da campanha virtual que Bolsonaro promove na internet para minimizar a pandemia de Covid-19. Ou seja, Arnaud é um dos entusiastas do negacionismo irresponsável de Jair Bolsonaro.

Graduado em Biomedicina, Tércio trabalhou no gabinete do então deputado federal Jair Bolsonaro entre abril e dezembro de 2017, com salário mensal bruto de R$ 2,1 mil (valor da época). Na sequência foi nomeado para o gabinete de Carlos Bolsonaro na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, com salário de R$ 3,6 mil. De acordo com reportagem de agosto de 2018 do jornal “O Globo”, apesar do vínculo oficial com o Legislativo carioca, Tércio continuou trabalhando diretamente para Bolsonaro, sem dar expediente na Câmara de Vereadores.

Para cuidar do sistema de disseminação de mensagens difamatórias e falsas contra desafetos e adversários políticos do presidente da República, operação que é coordenada por Carlos Bolsonaro, o “02”, Tércio Tomaz recebe salário bruto mensal de R$ 13.623,39.

A esposa de Tércio, a enfermeira Bianca Diniz Arnaud, recebe R$ 3,7 mil mensais para trabalhar na Divisão de Serviços Integrados em Saúde da Coordenação de Saúde do Palácio do Planalto. Ele está no setor desde março de 2019. Bianca é alvo do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura “fake news” e ameaças aos integrantes da Corte.

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