Enquanto o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, chafurda na irresponsabilidade genocida, agarrado ao negacionismo tosco, a Covid-19 avança no País, fazendo mortos em todos os quadrantes da nação e deixando prejuízos que poderia ser evitados caso o governo central tivesse tomado as redes do controle da doença que vem assustando o planeta.
O mais novo capítulo da pandemia de coronavírus no Brasil é o cancelamento da festa de réveillon na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo, como forma de evitar a disseminação da Covid-19 e uma segunda onda da doença causada pelo vírus SARS-CoV-2.
O anúncio do cancelamento da tradicional virada do ano na primcipal e mais importante avenida da cidade foi pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), nesta sexta-feira (17), durante coletiva de imprensa.
“Já havíamos anunciado que a Virada Cultural seria realizada online. Hoje, anunciamos que também não teremos o réveillon na Paulista. Tanto a prefeitura, quanto o Governo de São Paulo e técnicos da vigilância sanitária entendem ser muito temerário organizar um evento para 1 milhão de pessoas”, disse Covas.
“Como é um evento que requer uma organização de pelo menos três meses, envolve patrocínio, agenda de artistas, pacotes promocionais, queremos aqui com a maior previsibilidade possível, já deixar anunciado que a prefeitura não vai organizar”, completou o prefeito paulistano, que também contraiu Covid-19.
De acordo com números da Secretaria Estadual de Saúde, nas últimas 24 horas, o estado de São Paulo registrou 407.415 infectados pelo novo coronavírus, além de 19.377 mortes pela Covid-19, 339 a mais do que foi registrado no período anterior.
Bruno Covas informou que a Prefeitura já mantém conversações com os organizadores de outros dois grandes eventos tradicionais da cidade: a “Parada LGBT+” e a “Marcha para Jesus”. Ambos deveriam ter ocorrido em julho, mas foram adiados para novembro por causa da pandemia.
O carnaval de 2021 também está ameaçado pela crise da Covid-19, mas o prefeito afirmou não haver definição, por enquanto sobre a realização do evento. Inicialmente, os organizadores do carnaval defenderam adiar a folia momesca, mas até o momento nenhuma autoridade se manifestou sobre tal sugestão.
“Continuamos a dialogar com as escolas de samba e outras cidades do Brasil para tentar tomar uma decisão conjunta em relação à possibilidade de adiamento da data. Na nossa cidade, temos também o carnaval de rua, mas ele requer uma organização em um prazo muito menor do que o sambódromo”, afirmou Bruno Covas.
Em relação aos espaços abertos, utilizados pelos paulistas em especial nos finais de semana, como o Minhocão e a Avenida Paulista, mas que tiveram as atividades de lazer suspensas em razão da pandemia, Covas disse que ainda não há previsão de reabertura dos locais.
“A Paulista e o Minhocão, como não requerem prazos, assim que for possível anunciamos a retomada. Não precisa anunciar com seis ou oito meses de antecedência. Por enquanto, não há nenhuma possibilidade para os próximos dia”, ressaltou o prefeito.
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