Morre no Rio de Janeiro, aos 45 anos, vítima de Covid-19, o jornalista e apresentador Rodrigo Rodrigues

 
O jornalismo esportivo brasileiro está de luto. Aos 45 anos, morreu nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro, o jornalista e apresentador de televisão Rodrigo Rodrigues. Vítima de trombose venosa cerebral decorrente da Covid-19, RR, como era conhecido nos bastidores, o jornalista estava internado na UTI do Hospital da Unimed, na capital fluminense.

Dono de humor contagiante e competência reconhecida, Rodrigo Rodrigues deixou sua marca por onde passou. Desde janeiro de 2019 na TV Globo, RR conquistou a confiança de todos os companheiros de trabalho, que em pouco tempo se tornaram amigos fora da seara profissional.

A morte de Rodrigo Rodrigues provocou causou impacto dentro e fora da emissora carioca. Se por um lado muitos profissionais do jornalismo sentem a perda de um amigo e um profissional diferenciado, a família sofre com a partida precoce de alguém querido que angariou uma legião de admiradores.

Rodrigo Rodrigues apresentou o “Troca de Passes”, programa que tinha o futebol como sua ementa principal, pela última vez no dia 9 de julho, quando falou sobre um amigo próximo, com quem se encontrara, testou positivo para a Covid-19.

Quatro dias depois, em 13 de julho, o apresentador fez o exame para o novo coronavírus e também testou positivo. Desde então, Rodrigo Rodrigues manteve-se em isolamento domiciliar, com acompanhamento da equipe médica da Globo.

Nos primeiros dias, RR apresentou sintomas leves da doença, como perda do paladar e do olfato, mas disse que sentia-se bem. Contudo, seu quadro de saúde mudou no último sábado, quando foi internado às pressas com forte dor de cabeça, vômitos e desorientação.

 
Após a realização de exames, os médicos constataram uma trombose venosa cerebral, o que exigiu cirurgia de emergência para aliviar a pressão intracraniana. Em coma induzido desde a cirurgia, o apresentador não resistiu e nesta terça-feira teve a morte encefálica confirmada pelos médicos.

Além do jornalismo e da televisão, Rodrigo Rodrigues era apaixonado pela música. Em março de passado, ao participar do programa “Domingão do Faustão”, o apresentador contou que seu interesse pelas artes começou cedo, com o desenho, mas na sequência surgiu o violão em sua vida.

Em 2008, Rodrigo montou a banda “The Soundtrackers”, especializada em trilhas de grandes sucessos do cinema. Guitarrista do grupo, ele dividia seu tempo entre o jornalismo esportivo e a música. Ele também encontrava tempo para escrever livros relacionados ao ambiente musical, como “As Aventuras da Blitz” e “Almanaque da Música Pop no Cinema”. Também escreveu os livros “London London” e Paris Paris”, com dicas de turismo nas duas importantes cidades europeias utilizando o metrô.

Rodrigo Rodrigues Iniciou a carreira em 1995, na Rede Vida, apesar de ter ingressado ingressar na faculdade de Jornalismo dois anos mais tarde. Em 2001, foi convidado pela TV Cultura para fazer parte da equipe do programa “Vitrine”, apresentado por Marcelo Tas. Rodrigo ficou na emissora paulista até 2003 e, em seguida, teve rápida incursão na reportagem do SBT.

Em 2005, mudou-se para a TV Bandeirantes e, na sequência, retornou para a TV Cultura como âncora do “Cultura-Meio Dia”, ao lado da jornalista Maria Júlia Coutinho. Permaneceu na função até 2010.

Em janeiro de 2011, Rodrigo ingressou no jornalismo esportivo, de onde não mais saiu. Assumiu o programa “Bate-Bola”, da ESPN Brasil. Passou também pela TV Gazeta, pelo Esporte Interativo e pela Rádio Globo, antes de ser contratado pela TV Globo no início de 2019.

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