Traços do novo coronavírus foram encontrados em asas de frango importadas do Brasil, em Shenzhen, no sul da China, afirmou nesta quinta-feira (13) a administração da cidade do gigante asiático.
Os traços foram detectados na superfície de uma amostra da carga, após realização de testes de ácido nucleico, segundo informações do jornal chinês em língua inglesa “Global Times”, que cita dados do Centro de Prevenção e Controle de Doenças de Shenzhen, cidade próxima de Hong Kong.
Os funcionários alfandegários que entraram em contato com as asas de frango oriundas do Brasil foram submetidos a testes, que apresentaram resultados negativos, acrescentou o jornal. Os lotes do produto contaminado que já tinham sido comercializados foram localizados e confiscados pelas autoridades chinesas.
Na quarta-feira, as autoridades chinesas já haviam afirmado que encontraram traços do novo coronavírus na superfície de outros produtos importados congelados, incluindo camarões oriundos do Equador, na província de Anhui, no leste da China.
A Comissão de Saúde de Shenzhen recomendou aos consumidores que sejam cautelosos ao comprarem carnes e frutos do mar importados, assim como tomem “precauções, para reduzirem o risco de infecção”.
Em 10 de julho, Pequim suspendeu as importações de camarão branco congelado de três empresas do Equador, depois de detectar vestígios do vírus nas embalagens.
A China é o principal destino das exportações brasileiras, representando mais de 27% das vendas do Brasil ao exterior, mas nos últimos meses tem sido alvo de ataques irresponsáveis por parte do de integrantes do governo Bolsonaro e por membros da família do presidente da República.
Sempre dedicando nauseante sabujice ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) é um dos mais ativos nos ataques à China, assim como o ex-ministro Abraham Weintraub (Educação), que responde a processo por racismo no Supremo Tribunal Federal (STF) por ironizar nas redes sociais a forma como os chineses falam o idioma português.
Não é preciso doses extras de raciocínio para perceber que o Brasil depende da China no âmbito das exportações e que bombardear o governo de Pequim com ataques sórdidos e mentirosos é prejudicial ao País. Como reza a sabedoria popular, “chumbo trocado não dói”, por isso o Brasil deve se preparar para essas manifestações chinesas envolvendo produtos verde-louros. A China não deixará de comprar produtos brasileiros, mas exporá o governo Bolsonaro ao constrangimento todas as vezes que for possível.
A Organização Mundial da Saúde (OMS), ao tomar conhecimento do episódio ocorrido com Shenzen, informou que é baixo o risco de contaminação do novo coronavírus a partir de alimentos e suas respectivas embalagens. (Com agências internacionais)
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