Seis meses de Covid-19: Brasil registra 1.085 mortes em 24 horas e chega a mais de 117 mil óbitos

 
No dia em que o primeiro caso confirmado de Covid-19 em território brasileiro completa seis meses, o País registrou 47.161 casos confirmados da doença e 1.085 mortes nas últimas 24 horas, segundo dados do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Ministério da Saúde divulgados nesta quarta-feira (27). O balanço eleva o total de infecções para 3.717.156 e o total de óbitos para 117.665.

Esse cenário catastrófico é fruto da irresponsabilidade genocida do presidente Jair Bolsonaro, que preocupado com a reeleição preferiu politizar a pandemia, deixando de centralizar em Brasília o combate nacional à Covid-19. Ao mesmo tempo em que passou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, sem que o fármaco tivesse eficácia comprovada cientificamente, como não tem até agora, o chefe do Executivo optou por abrir uma frente de batalha com governadores e prefeitos que assumiram o enfrentamento a um inimigo letal e desconhecido.

Nesse período, dois ministros da Saúde – Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich – deixaram o cargo por discordância em relação às exigências de Bolsonaro sobre a hidroxicloroquina, O general Eduardo Pazuello assumiu interina a pasta há mais de cem dias, mas até agora o governo não dá sinais de disposição para escolher um ministro efetivo.

Em diversas ocasiões, Bolsonaro insistiu no negacionismo e tratou a doença com deboche, da mesma forma como desrespeitou os familiares das vítimas da doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2. O presidente chegou a classificar a Covid-19 como “gripezinha” e “resfriadinho”. Na última segunda-feira (24), Bolsonaro, em rota de colisão com a imprensa, chamou os jornalistas de “bundões” por suposta incapacidade de resistir ao novo coronavírus.

Ratificando o que tem afirmado o UCHO.INFO desde o início da crise do novo coronavírus no País, diversas autoridades e instituições de saúde alertam que os números reais da pandemia em território nacional são maiores por causa da falta de testagem em larga escala e da criminosa subnotificação.

 
Dados do Ministério da Saúde apontam que 2.908.848 pacientes se recuperaram da doença, enquanto 690.642 estão em acompanhamento. O Conass não informa o contingente de recuperados.

São Paulo é o estado brasileiro mais atingido pela pandemia do novo coronavírus, com 776.135 casos e 29.194 mortes. A Bahia é o segundo estado com maior número de casos, somando 245.021 infecções e 5.116 mortes. O Rio de Janeiro está em segundo lugar na contagem de óbitos, totalizando 15.700, e soma 216.675 infecções.

O Brasil continua no segundo lugar no ranking de países com maior número de óbitos e de casos de Covid-19 oficialmente notificados, atrás somente dos Estados Unidos, que registram mais de 5,8 milhões de casos e quase 170 mil mortes.

A taxa de mortalidade por grupo de 100 mil habitantes no Brasil chegou a 56,0. Nações europeias duramente atingidas pela doença, como Reino Unido (62,47) e Bélgica (87,51), ainda aparecem bem à frente, mas esses países começaram a registrar seus primeiros casos entre três e quatros semanas antes do Brasil, e o número de óbitos diários está na casa dos dois dígitos.

Ao todo, mais de 821 mil pessoas morreram em decorrência do vírus no planeta. Depois de EUA e Brasil, os maiores números absolutos de mortes se concentram no México (61,4 mil), na Índia (59,4 mil), e no Reino Unido (41,5 mil). (Com agências de notícias)

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