Na sexta-feira (11), o fogo continuou a se alastrar pelos estados da costa oeste dos Estados Unidos esta sexta-feira (11). Ao menos 15 pessoas já morreram, enquanto 500 mil foram obrigadas a deixar suas residências, segundo autoridades. Cidades inteiras foram destruídas pelas chamas, que se espalham pela vegetação seca das florestas e são alimentadas por ventos secos e quentes.
Imagens de satélite mostram que a fumaça continuava cobrindo boa parte da costa oeste na manhã de sexta-feira. Por causa disso, a qualidade do ar está comprometida na região, incluindo as principais cidades, como Los Angeles e São Francisco, onde o céu adquiriu um tom alaranjado por causa da poluição.
Milhares em fuga
Na Califórnia, mais sete mortes foram registradas nas últimas horas, elevando o total para dez. O número pode aumentar ainda mais, uma vez que 16 pessoas continuam desaparecidas. No estado mais populoso da costa oeste, cerca de 64 mil pessoas tiveram que deixar suas residências devido às chamas, que se propagam rapidamente por causa dos ventos secos da região.
Em Washington, um bebê de 1 ano morreu quando a família, que tentava escapar do fogo num carro, foi atingida pelas chamas. Dezenas de pessoas estão em estado grave por causa do fogo, que já queimou mais de 200 mil hectares no estado.
No Oregon foram confirmadas as mortes de quatro pessoas. Cerca de 500 mil pessoas tiveram que deixar suas casas até o momento, e os incêndios já atingiram uma área de 364 mil hectares, segundo a governadora Kate Brown.
Na cidade de Molalla, a polícia foi de porta em porta para se certificar de que os moradores estavam saindo de suas casas e deixando a cidade, marcando as calçadas com tinta spray para mostrar que haviam saído.
Os desabrigados estão sendo levados para hotéis oferecidos pela Cruz Vermelha. Devido à pandemia do novo coronavírus, a opção de abrigos em ginásios escolares foi descartada para evitar a possibilidade de contágio. Mais de 1.200 quartos de hotéis foram reservados durante dez dias para acolher as pessoas.
A governadora declarou estado de emergência depois que cinco cidades foram devastadas pelas chamas. Ela não soube precisar o número de mortos, mas as agências de notícias informaram que ao menos quatro pessoas morreram.
Mudanças climáticas
Brown apontou as mudanças climáticas como um dos fatores responsáveis pela propagação do fogo. “Nunca vimos tanto fogo incontrolável em todo o estado”, disse. ‘Este não será um evento único. Infelizmente é o termômetro do futuro. Estamos sentindo os impactos agudos das mudanças climáticas.’
Este ano, os incêndios foram agravados por uma onda de calor recorde. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, também associou os incêndios deste ano às mudanças climáticas. (Com agências internacionais)
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