Europa adota novas medidas restritivas para conter a Covid-19; Portugal decreta estado de calamidade

 
Com mais de 700 mil casos de Covid-19 confirmados na última semana, de acordo com dados divulgados na terça-feira (13) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), países da Europa decidiram impor novamente medidas para conter o avanço do novo coronavírus. O aumento do número de casos no continente europeu é de 34%, na comparação com a semana anterior.

A alta no número de novos casos de Covid-19 decorre, segundo as autoridades locais, da realização de maior quantidade de testes para a doença. Contudo, o número de mortes pelo novo coronavírus registrou alta de 16% no período.

Médicos e especialistas afirmam que muitas dessas novas infecções pelo vírus SARS-CoV-2 são em jovens, grupo que até recentemente era considerado menos vulnerável à doença. Essa mudança no quadro se deve ao fato de que os jovens circulam com mais frequência e desrespeitam as regras de proteção estabelecida pelas autoridades.

Como consequência imediata do maior número de jovens infectados está a transmissão da doença a pessoas com mais idade, o que compromete a saúde dos contaminados por diversas razões, a começar por comorbidades que facilitam e potencializam a ação do vírus, dificultam o tratamento e podem levar à morte.

Em Portugal, o primeiro-ministro António Costa informou que o país entra em estado de calamidade a partir desta quinta-feira (15). O pacote de medidas do governo português estabelece que lojas devem fechar às 23 horas e só podem receber simultaneamente no máximo dez clientes. O uso de máscara de proteção é obrigatório nas ruas. Restaurantes, lojas e vias públicas não podem ter aglomerações com mais de cinco pessoas. Festas familiares – como casamentos, aniversários e batizados –, somente com a presença de no máximo 50 pessoas. Também estão proibidas celebrações acadêmicas em todos os estabelecimentos de ensino de Portugal.

 
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou nesta quarta-feira (14) a adoção de toque de recolher na capital, Paris, e nas maiores cidades do país. Além disso, Macron informou que bares e restaurantes foram fechados em diversas localidades, além afirmar que é obrigatório o uso de máscara de proteção em espaços públicos fechados e no ambiente de trabalho. Encontros, reuniões, casamentos e festas podem ter no máximo 10 pessoas, desde que não ocorram em locais alugados.

Na Alemanha, o governo da chanceler Angela Merkel também adotou medidas para conter o avanço do novo coronavírus em sua segunda onda. Entre as medidas estão a proibição de aglomerações em áreas identificadas como de alto índice de infecção, obrigatoriedade de realização de teste para Covid-19 aos viajantes oriundos de países com alta taxa de contágio, multa de 50 euros para quem não utilizar máscara de proteção no transporte público e em estabelecimentos comerciais, e necessidade de cada cidadão informar dados de identidade antes de entrar em bares e restaurantes.

A Espanha também adotou medidas rígidas para conter o avanço da Covid-19. Na última sexta-feira, 9 de outubro, o governo espanhol impôs estado de emergência por 15 dias na região de Madrid, com proibição de entrar ou sair da capital sem motivos justificáveis (é permitido ir à escola e ao trabalho). O governo do primeiro-ministro Pedro Sánchez proibiu também o entro de pessoas de regiões distintas, limitou a capacidade de bares e restaurantes (devem fechar às 23 horas) e o número de participantes em encontros familiares (no máximo 6 pessoas), e tornou obrigatório o uso de máscara no transporte público e em locais fechados.

Outros países europeus, como Itália, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Grécia, Irlanda e Suécia adotaram medidas semelhantes na tentativa de evitar que a segunda onda do novo coronavírus provoque novos estragos e mais devastadores do os da primeira fase da pandemia.

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