A irresponsabilidade genocida do presidente Jair Bolsonaro não tem limites, algo que fica cada vez mais evidente à sombra da politização da vacina contra a Covid-19, como antecipou o UCHO.INFO.
Depois de o presidente da República determinar o cancelamento do protocolo de intenção de aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac, agora o governo cria dificuldades para o Instituto Butantan, parceiro da farmacêutica chinesa Sinovac, importar insumos para a produção da vacina.
Diretor-geral do Instituto Butantan, Dimas Covas afirma que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está retardando a autorização para a importação da matéria-prima da Sinovac, que permitirá a produção da vacina no Brasil.
De acordo com o plano do Butantan, 6 milhões de doses da vacina já pronta serão importadas da China, além de matéria prima para a produção de mais 40 milhões de doses, em território nacional, até dezembro.
O Instituto Butantan enviou à Anvisa, em 23 de setembro, pedido de liberação excepcional de importação do produto, mas nesta quinta-feira (22) foi informado pela Agência que uma decisão só será tomada na reunião do próximo dia 11 de novembro.
Trata-se de um jogo rasteiro e sujo do governo, pois essa demora na deliberação do pedido feito pelo Butantan fará com que as primeiras doses da vacina sejam produzidas no final de janeiro. Isso porque entre a chegada do material importado da China e a liberação da vacina são necessários 45 dias.
A postura do governo Bolsonaro é criminosa e poderá ter impacto nas urnas, prejudicando o desempenho eleitoral de candidatos apoiados pelo presidente e sua família. A falta de visão política de Jair Bolsonaro e sua ignorância, temas que sempre destacamos ao longo de duas décadas, chegam a ser nauseantes.
Disposto a usar a politização da Covid-19 como um dos pilares do seu projeto de reeleição, Bolsonaro definiu a Coronavac como “vacina chinesa do Doria” e colocou em dúvida a eficácia do imunizante ao afirmar que é originário da China e que “esse vírus teria nascido lá”. Em outras palavras, é caso para impeachment, pois o crime de responsabilidade é flagrante.
Que Jair Bolsonaro é um estulto com todas as letras o planeta já sabe, mas é preciso que a parcela de bem da sociedade brasileira reaja à altura dos destemperos de um candidato a ditador, antes que a democracia derreta na esteira do totalitarismo que escorre pela rampa do Palácio do Planalto.
O UCHO.INFO alerta para o fato de que a democracia brasileira não resistirá a um segundo mandato de um delinquente intelectual que exalta a memória de torturadores.
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