Alemanha registra quase 20 mil casos de Covid-19 em 24 horas

 
A Alemanha registrou nesta quinta-feira (5) um novo recorde diário de casos de Covid-19. De acordo com o Instituto Robert Koch (RKI), agência governamental responsável pelo controle e prevenção de doenças infecciosas, foram reportadas 19.990 novas infecções em 24 horas. Com o novo balanço diário, o total de casos de covid-19 registrados na Alemanha chega a 597.583 e o de mortes ligadas à doença a 10.930.

O aumento de casos e da testagem no país está levando muitos laboratórios a atingirem seus limites de capacidade de processamento de testes. Soma-se a isso as dificuldades na entrega de reagentes e outros itens necessários para os exames. Segundo o RKI, 98.931 amostras ainda aguardam para ser analisadas em 69 laboratórios.

De acordo com o RKI, a alta demanda por testes se reflete no prazo mais longo para o recebimento dos resultados e, consequentemente, na demora para envio dos números ao departamento de saúde. Devido ao aumento da testagem, autoridades alemãs ressaltam que os altos números de infecções atuais são apenas parcialmente comparáveis aos da primavera europeia, auge da primeira onda da pandemia no continente. Agora, significantemente mais testes são realizados e, portanto, mais infecções são detectadas.

Nos últimos dois meses, o número de testes realizados semanalmente subiu para mais de 400 mil, em média. Diante da sobrecarga dos laboratórios, o RKI defende que, no momento, testes realmente necessários sejam priorizados.

O índice de exames com o resultado positivo também subiu e atingiu a marca de 7,3% na semana passada, o mais alto desde a primeira quinzena de abril. Para comparação, na última semana de agosto, este índice era de 0,7%.

 
Segundo estimativas do RKI, o valor R, fator que indica a capacidade de propagação da doença, era de 0,81 nesta quarta-feira. Isso significa que 100 pessoas infectadas contaminam outras 81 pessoas, em média.

Desde segunda-feira (2), a Alemanha está em lockdown parcial, com bares, cafés, museus, cinemas, teatros e outros estabelecimentos de entretenimento fechados. Escolas e lojas seguem abertas, desde que sigam as normas de distanciamento e higiene. Hotéis podem receber apenas hóspedes que viajam por motivos profissionais e restaurantes estão autorizados a funcionar apenas com serviço de entregas.

Em setembro, quando os números de casos diários não ultrapassavam os 3 mil, a chanceler alemã Angela Merkel externou a preocupação de que a marca de 19 mil infecções diárias fosse atingida até o Natal. O temor foi manifestado em reunião por videoconferência com a cúpula do seu partido, a União Democrata Cristã (CDU). Apesar do receio da chanceler, medidas mais duras de contenção em nível nacional só foram anunciadas um mês depois, com a decisão pelo lockdown parcial.

Bloqueios em outros países

Outros países da Europa também determinaram um novo lockdown, como França, Itália e Irlanda. O Reino Unido começa o seu novo confinamento nesta quinta-feira. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou a medida no último sábado (31), após o número de mortes diárias atingir o nível mais alto desde maio, com o risco de uma sobrecarga nos hospitais do país.

As novas restrições são válidas até 2 de dezembro e impõe a volta do home office sempre que for possível, além do fechamento de todo o comércio e serviços considerados não essenciais. As escolas, porém, permanecerão abertas.

O Reino Unido está entre os países mais atingidos no mundo, com mais de 1 milhão de casos de novo coronavírus e quase 48 mil mortes. A Grécia também anunciou nesta quinta-feira um bloqueio nacional de três semanas a partir de sábado. Todas as lojas devem fechar, com exceção de supermercados e farmácias. (Com agências internacionais)

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