Em nova demonstração de sabujice, Bolsonaro evita cumprimentar Joe Biden pela vitória nos EUA

 
O presidente Jair Bolsonaro, incompetente conhecido e desprovido de estofo para cargo de tamanha responsabilidade e relevância, consegue a proeza de guindar o Brasil à escória da diplomacia internacional, o que mostra o despreparo de um governo populista e autoritário.

Após o democrata Joe Biden ser anunciado como presidente eleito dos Estados Unidos, Bolsonaro insiste em não cumprimentar o próximo ocupante da Casa Branca pelo êxito nas urnas, alegando que prefere aguardar os resultados das ações judiciais impetradas pela campanha de Donald Trump, seu ídolo maior.

A posição do governo brasileiro coloca o País em situação de dificuldade e constrangimento no campo das relações internacionais, já que muitos chefes de Estado e de governo, inclusive aliados de Trump, já enviaram cumprimentos a Biden.

Espécie de “babá de plantão” do presidente da República, o vice Hamilton Mourão, que vem se especializando em “passar pano” nos destampatórios oficiais, disse nesta segunda-feira (9) que Bolsonaro se manifestará “na hora certa” em relação à eleição presidencial americana.

“Eu julgo que o presidente está aguardando terminar esse imbróglio, aí de discussão, se tem voto falso, se não tem voto falso, para dar o posicionamento dele. Eu acho que… É óbvio que o presidente na hora certa vai transmitir os cumprimentos do Brasil a quem for eleito”, disse Mourão aos jornalistas, no momento em que chegava ao Palácio do Planalto.

 
. Vitória de Joe Biden nos EUA é importante para a democracia e decreta o fim da normalização do absurdo

Ao evitar cumprimentar Joe Biden, o presidente brasileiro dá mostras de que a política externa do governo é não apenas vexatória, mas pautada por questões ideológicas, algo que nem mesmo na era petista aconteceu, apesar da declarada simpatia de Lula e Dilma por governantes esquerdistas.

A decisão de prorrogar a nauseante subserviência que dedica ao mandatário norte-americano, Bolsonaro demostra de forma inequívoca que não tem condições de governar o Brasil, que carece cada vez mais de boas relações internacionais, seja no campo da diplomacia, seja no âmbito comercial.

Tirante o despreparo de Bolsonaro como presidente da República, a demora em cumprimentar Biden pela vitória pode ser explicada pelo desespero que tomou conta do principal gabinete Palácio do Planalto, já que seu ocupante acaba de perder a principal de inspiração (talvez a única), no caso Donald Trump, imitado em terras brasileiras aos bolhões e sem qualquer cerimônia.

Ademais, Bolsonaro aposta na possibilidade de Trump reverter judicialmente o resultado da eleição como forma de sinalizar que em 2022 poderá agir da mesma maneira, caso a derrota lhe bata à porta. É importante ressaltar que apesar das alegações de Donald Trump, que vem insistindo na tese de que a eleição americana foi alvo de fraude, autoridades dos EUA confirmaram não ter encontrado qualquer indício de irregularidade.

Não obstante, faz-se necessário recordar que no escopo do Direito o ônus da prova cabe a quem acusa. E até o momento Trump e sua equipe de campanha não apresentaram provas das anunciadas irregularidades. Em suma, entrou em cena o velho e famoso “tapetão”.

Quando os efeitos colaterais dessa estúpida e irresponsável decisão de Jair Bolsonaro afetarem a vida dos brasileiros, talvez seja tarde demais para aceitar a realidade dos fatos. Para quem defende repetidas vezes a soberania nacional, o inequívoco complexo de “vira-lata” de Bolsonaro o coloca na seara da patetice. Enfim…

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