Sempre exercendo o papel de “babá de plantão” de Jair Bolsonaro, o vice-presidente Antônio Hamilton Martins Mourão entrou em cena nesta quarta-feira (11) para minimizar a fala irresponsável do presidente da República, que no dia anterior ameaçou os Estados Unidos, mais precisamente o eleito Joe Biden;
Durante evento no Palácio do Planalto, na terça-feira (10), Bolsonaro comentou sobre a sugestão de Biden de impor sanções econômicas ao Brasil caso o governo não tomasse providências para conter o desmatamento e as queimadas na Amazônia. O mandatário brasileiro, sem citar o nome de Biden, mas usando seu discurso torpe, sugeriu usar “pólvora” caso as promessas do democrata norte-americano forem cumpridas.
“Quando acaba a saliva tem que ter pólvora. Não precisa nem usar a pólvora, mas tem que saber que tem”, afirmou presidente. “Assistimos há pouco um grande candidato à chefia de Estado dizendo que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele vai levantar barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas pela diplomacia não dá”, emendou Jair Bolsonaro.
Nesta quarta-feira (11), Mourão disse que a declaração do presidente é um “aforismo antigo”, mas avaliou que a declaração não deve provocar problemas na relação entre o Brasil e os Estados Unidos. “Acho que ele se referiu a um aforismo antigo que diz que quando acaba a diplomacia entram os canhões, foi isso que ele se referiu”, afirmou o vice aos jornalistas.
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Bolsonaro é um ignaro confesso e desprovido de condições rasas para decidir o futuro da nação, mas por questões de sobrevivência política lança destampatórios como forma de agradar a nesga de apoiadores radicais, os quais comungam pela cartilha de um governante insano e neofascista.
Há muito o UCHO.INFO vem afirmando que a relação entre o presidente da República e membros da cúpula das Forças Armadas tem se deteriorado, sem contar o desconforto dos generais palacianos que integram o núcleo duro do governo. Em recente matéria, este portal afirmou que Hamilton Morão estava a liderar a mais nova frente de oposição a Bolsonaro, mas os aduladores do presidente preferiram zombar da informação, como se a realidade dos fatos não pudesse ser constatada facilmente.
Ainda carregando um pesado fardo decorrente do facinoroso período ditatorial, os militares tentam se desvencilhar dessas aventuras imaginárias de Bolsonaro. E não se deve descartar a possibilidade, cada vez maior, de as Forças Armadas deixarem Bolsonaro sangrar no matadouro dos seus delírios ideológicos, abrindo caminho para um processo de impeachment.
No tocante à ameaça a Joe Biden, este noticioso afirmou que o poderio militar americano é capaz de arruinar o Brasil em no máximo uma hora, caso Bolsonaro decida declarar guerra à maior potência bélica do planeta. A caserna reagiu mal à declaração de Bolsonaro, até porque as Forças Armadas jamais embarcarão na aventura eventual de um militar frustrado que precisa ser contido às pressas. Além disso, Mourão, que é general da reserva, sabe do que a Armada americana é capaz de fazer em caso de necessidade.
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