Presidente dos Estados Unidos, Donald J. Trump age como “garoto mimado” em sua desabalada tentativa de permanecer na Casa Branca por mais quatro anos. Isso porque o republicano recusa-se a aceitar a derrota para o democrata Joe Biden e agora usa a máquina do governo americano para sustentar a absurda e insustentável tese de fraude na eleição presidencial do último dia 3 de novembro.
A investida de Trump conta com o apoio de políticos do Partido Republicano e de alguns advogados que certamente faturarão milhões de dólares para levar adiante uma causa indefensável e desprovida de prova. Enquanto nada acontece para favorecer o inconformado Trump, pelo contrário, membros da família do bilionário tentam convencê-lo a aceitar a vitória de Biden, já reconhecida por 8 entre 10 americanos, como noticiamos em matéria anterior.
Para piorar o cenário, autoridades eleitorais dos EUA não encontraram indícios de fraude na vitória de Biden, aponta levantamento feito pelo jornal “The New York Times” e publicado nesta quarta-feira (11)
O “NYT” entrevistou dezenas de representantes dos estados. Todos negaram qualquer irregularidade no processo eleitoral. O jornal entrou em contato com os escritórios de autoridades eleitorais em todos os 50 estados do país entre segunda-feira (9) e terça (10). Representantes oficiais de 45 estados responderam diretamente ao jornal, ao passo que outros quatro já haviam informado que as eleições ocorreram sem qualquer intercorrência.
Alguns poucos estados descreveram problemas comuns que acontecem em todas as eleições, mas que já estão sendo corrigidos, como duplicação de votos, falhas técnicas e pequenos erros matemáticos.
Apenas os oficiais do Texas não responderam ao pedido de entrevista do NYT, mas um porta-voz do condado de Harris, um dos mais importantes do estado, disse que houve apenas alguns problemas menores e que a eleição foi “muito tranquila”.
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O secretário de Estado de Ohio, Frank LaRose, disse em entrevista ao jornal nova-iorquino que “há muitas coisas que não são verdadeiras” sobre as eleições. De acordo com LaRose, que é republicano, teorias da conspiração e rumores encontram terreno fértil neste momento.
Steve Simon, democrata que ocupa o cargo de secretário de Estado do Minnesota, garante que não houve fraude: “Não sei de um caso sequer em que alguém afirme que um voto foi contado quando não deveria, ou não foi contado quando deveria.”
Contra a maré
Diante desse cenário, só falta Donald Trump admitir que perdeu a eleição por conta de sua postura ao longo do mandato, marcado por polarização política, desrespeito às questões ambientais e descaso no combate à pandemia do novo coronavírus.
Ex-mulher de Trump, Ivana Zelníčková disse em entrevista à revista “People” que o presidente “não é um bom perdedor”. “Ele não gosta de perder, por isso vai lutar e lutar e lutar”, afirmou Ivana, que é mãe de Donald Jr., Ivanka e Eric, os três filhos mais velhos de Donald Trump.
Quem também torce para que chegue ao fim o imbróglio que ronda a eleição presidencial americana é a primeira-dama Melania Trump, que conta as horas para deixar a Casa Branca e iniciar processo de divórcio, como revelou Omarosa Manigault Newman, ex-assessora da atual esposa do presidente dos Estados Unidos.
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