Autoridades eleitorais americanas estaduais e federais afirmaram nesta quinta-feira (12) não existir qualquer evidência de fraude nas eleições presidenciais de 3 de novembro, que deu ao democrata Joe Biden o direito de comandar a maior potência global nos próximos quatro anos.
Os responsáveis pela segurança do processo eleitoral em todo o país sustentam que “não há provas de que quaisquer sistemas de votação tenham apagado, perdido ou modificado votos, ou que estivessem comprometidos de qualquer maneira”. Eles rejeitaram as alegações do presidente Donald Trump, para quem irregularidades nas apurações teriam resultado na sua derrota para Biden.
“As eleições de 3 de novembro foram as mais seguras da história americana”, afirma um comunicado do Conselho Governamental de Coordenação da Infraestrutura das Eleições. A entidade privada é subordinada ao principal órgão de segurança eleitoral no país, a Agência de Cibersegurança e Segurança de Infraestrutura (Cisa), do Departamento de Segurança Interna dos EUA.
“Enquanto estamos cientes de que existem diversas alegações infundadas e oportunidades para desinformações sobre o nosso processo eleitoral, podemos assegurar que temos total confiança na segurança e integridade de nossas eleições”, afirmam os responsáveis por garantir a segurança das votações em todo o país.
O comunicado foi assinado pelos chefes da Associação Nacional de Diretores das Eleições Estaduais e pela Associação Nacional de Secretários de Estado, além do presidente da Comissão de Assistência Eleitoral dos Estados Unidos.
A declaração veio após Trump compartilhar em seu perfil no Twitter alegação não comprovada de que uma empresa que fabrica equipamentos utilizados nas eleições teria “apagado” 2,7 milhões de votos para o republicano e modificado outras centenas de milhares em favor de Biden. A suposta fraude teria ocorrido na Pensilvânia e em outros estados. A empresa Dominion Voting Systems e as autoridades da Pensilvânia negaram as acusações.
No comunicado, as autoridades eleitorais afirmam que revisam e reverificam os resultados nos estados antes de certificar os números das votações. “Quando os estados encerrarem as eleições, muitos vão fazer recontagens das cédulas. Todos os estados com resultados com margens apertadas na votação presidencial de 2020 possuem registros impressos de cada voto, o que permite recontar cada cédula, se necessário”, destaca a nota.
Antes da divulgação do comunicado, havia rumores de que Trump poderia demitir o diretor da Cisa, Chris Krebs, que trabalhou intensamente nos últimos dias para afastar acusações infundadas de fraude em meio às apurações em todo o país.
Nos últimos dias, circulam pela internet inúmeros boatos sobre votos corrompidos que teriam “roubado” de Trump um segundo mandato. Além disso, a campanha republicana entrou com múltiplos processos na Justiça com acusações de irregularidade. Até o momento, nenhuma dessas ações conseguiu avançar nos tribunais.
Populista e bufão, Donald J. Trump foi vítima do seu comportamento irresponsável diante da pandemia do novo coronavírus e da insistência em promover a polarização político-ideológica do país, como se essa estratégia pudesse lhe garantir o triunfo na recente eleição. A situação do ainda presidente dos EUA é tão crítica e frágil, que até mesmo familiares e uma de suas ex-mulheres torcem para que ele reconheça a derrota o quanto antes.
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