Presidente da República, Jair Bolsonaro afirmou há dias que uma eventual segunda onda de Covid-19 no País é “conversinha”. Esse comentário tosco e descolado da realidade não surpreende, principalmente para quem endossa a teoria de que o Brasil é um “país de maricas”.
Enquanto Bolsonaro insiste em seu negacionismo criminoso, os recentes números da Covid-19 já preocupam os profissionais de saúde, que veem com preocupação a alta dos casos confirmados da doença e de internações. Na cidade de São Paulo, infectologistas alertam para a necessidade de retomada do isolamento como forma de evitar o pior. Hospitais da capital paulista já acenderam o sinal amarelo para a ocupação de leitos de UTI, tanto na rede pública de saúde quanto na privada.
Essa disparada no número de casos do novo coronavírus e de internações pela doença é reflexo do negacionismo de Bolsonaro e seus radicais apoiadores, para quem a doença causada pelo vírus SARS-CoV-2 não passa de “gripezinha” ou “resfriadinho”.
Nas últimas 24 horas, o Brasil registrou 754 novas mortes causadas pela Covid-19. Com isso, o total de óbitos em decorrência do novo coronavírus é de 167.497. Os dados são do consórcio de veículos de imprensa.
De acordo com o levantamento, ao menos três regiões do País apresentaram tendência de alta na média móvel de mortes. Pelo segundo dia consecutivo, o Brasil tem média de óbitos acima de 500. Foram confirmados 38.401 testes positivos para o novo coronavírus em todo o País nas últimas 24 horas, elevando o total de infectados para 5.947.403.
Os números do consórcio dos veículos de imprensa indicam que Centro-Oeste (63%), Sudeste (77%) e Sul (53%) são as três regiões que apresentaram aceleração na média diária de mortes. O Nordeste (-7%) e o Norte (3%) permaneceram estáveis.
A média diária de 584 mortes nos últimos sete dias representa tendência de alta de 49%, na comparação com a média de 14 dias atrás. Além disso, 13 estados apresentaram avanço do número de mortes. Em sete, a tendência é de queda na média diária de óbitos, ao passo que outros seis estados e o Distrito Federal registram estabilidade.
Esse preocupante cenário é fruto do visível abandono do isolamento por parte da população, tem saído às ruas com maior frequência e ignorando a importância do uso de máscara de proteção e do respeito ao distanciamento entre pessoas em locais públicos.
No caso de o número de infecções e de óbitos pelo novo coronavírus continuar em curva de alta, estados e municípios terão de decidir em breve quais medidas serão adotadas para enfrentar uma eventual segunda onda da Covid-19, que para alguns especialistas já está em marcha no País.
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