Trump se nega a reconhecer derrota e pede a apoiadores para “reverter” os resultados das eleições nos EUA

 
O negacionismo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não se restringe à pandemia do novo coronavírus, como sabem os leitores, mas avança cada vez mais e de maneira irresponsável sobre a seara da sua inequívoca derrota na eleição presidencial americana, em 3 de novembro passado.

Nesta quarta-feira (25), Trump pediu a seus apoiadores para que trabalhem incansavelmente com o objetivo de derrubar os resultados da eleição, alegando que foram “manipulados” para garantir a vitória do democrata Joe Biden.

“Temos de reverter a eleição”, disse Donald Trump durante telefonema para apoiadores republicanos na Pennsylvania. “Esta eleição foi fraudada”, disse ele, repetindo várias teorias da conspiração que foram rejeitadas em tribunais de todo o país.

Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York e advogado de Trump, e outros membros da equipe jurídica da campanha reuniram-se com senadores estaduais republicanos da Pennsylvania, na cidade de Gettysburg. Durante o encontro, eles expressaram queixas sobre a eleição e repetidas alegações de má-fé democrata, algo que foi desmontado nos tribunais.

 
A partir do Salão Oval, na Casa Branca, Trump, em dado momento, participou da reunião e pelo viva-voz do celular da conselheira jurídica de sua campanha, Jenna Ellis, afirmou ter vencido as eleições. “Ganhamos por muito”, disse ele.

Trump, mimado que é, pode espernear à vontade e recorrer à teoria da conspiração, mas já passou da hora de reconhecer que a eleição que deu a Biden um mandato presidencial não teve qualquer registro de fraude sistêmica.

Além disso, as investidas jurídicas de Trump para contestar o processo eleitoral na Pennsylvania, Michigan e outros estados foram rejeitadas, ao passo que vários processos foram retirados pelos advogados diante da iminência de uma derrocada. Esse cenário de fracasso jurídico decorre da fracassada tentativa da equipe jurídica da campanha de reunir provas ou indícios de fraude eleitoral.

O devaneio que toma conta da campanha republicana é tamanho, que Rudy Giuliani, durante a reunião com os parlamentares, disse que Trump teria vencido na Virgínia, estado onde a vitória de Biden se deu por mais de 10 pontos percentuais e mais de 450 mil votos. (Com AFP, AP e agências internacionais)

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