Com alta do número de casos e óbitos, Governo de SP pode endurecer regras para conter a Covid-19

 
Enquanto o presidente Jair Bolsonaro avança na seara do negacionismo em relação à Covid-19 e o governo federal tropeça no combate à pandemia do novo coronavírus, sem sequer ter elaborado um planejamento minimamente aceitável para enfrentar um inimigo desconhecido, a tragédia sanitária no País parece ter fôlego de sobra.

Nas últimas quatro semanas, o estado de São Paulo, unidade da federação mais atingida pela crise de Covid-19, registrou aumento de 54% no número de casos positivos da doença, além do alta de 34% no número de óbitos.

Diante desse cenário de agravamento da pandemia, o governador João Dória Júnior (PSDB) afirmou, nesta segunda-feira (21), que o Centro de Contingência para controle da Covid-19, que se reúne na terça (22), poderá definir novas medidas de contenção da doença, endurecendo ainda mais restrições.

Dados das companhias de telefonia celular mostraram que o índice de isolamento no estado, no último sábado (19), foi de 40%, abaixo do patamar considerado positivo pelo governo paulista (50%).

O quadro atual da Covid-19 em São Paulo é resultado da realização de festas e baladas com a presença maciça de jovens, algo que vem acontecendo regularmente desde o início da pandemia, e da aglomeração de pessoas em praias, bares e centros de comércio popular.

 
Em número reduzido se comparadas à necessidade de monitoramento do desrespeito às regras de combate ao novo coronavírus, as equipes de fiscalização fingem que absurdos acontecem em muitas cidades do estado, começando pela capital paulista, onde bares e baladas funcionam deliberadamente e com a conivência criminosa de agentes públicos.

Com a proximidade das festas de final de ano, quando pessoas se aglomeram em comemorações e reúnem-se com familiares e amigos, o governo de São Paulo teme que o número de casos de Covid-19 e de internações pela doença dispare nos primeiros dias de janeiro.

Celebrações em bares, restaurantes, hotéis, clubes e salões de festas estão proibidas pelo decreto de calamidade pública, o Código Sanitário e a fase amarela do Plano São Paulo.

De acordo com dados apresentados pelo governo, na última semana epidemiológica foram registrados 7.191 novos casos – número semelhante ao dos meses de junho, julho e agosto. Há quatro semanas, o registro de novos casos foi de 4.666.

Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, o médico Jean Gorinchteyn destacou a necessidade de se respeitar a quarentena. “Temos que estar atentos, o vírus está cada vez mais próximo de todos nós. Precisamos respeitar a quarentena. Estamos todos esgotados, porém a pandemia continua com força total”, disse Gorinchteyn.

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