Estados Unidos reforçam segurança para posse de Joe Biden, após invasão do Capitólio

 
As agências de segurança dos Estados Unidos reforçaram as medidas de segurança para a posse do presidente eleito Joe Biden em 20 de janeiro, dias após a invasão do Capitólio por partidários do presidente Donald Trump, que com a investida esperava reverter os resultados da eleição presidencial de 3 de novembro passado.

O secretário interino de Segurança Nacional dos EUA, Chad Wolf, afirmou, horas antes de sua renúncia na segunda-feira (11), que instruiu o Serviço Secreto dos Estados Unidos a iniciar as operações de Evento de Segurança Especial Nacional em 13 de janeiro.

Ele citou “os eventos da semana passada e a evolução do cenário de segurança que levou à cerimônia de posse” como motivo para adiantar os preparativos especiais de segurança em quase uma semana em relação ao planejado originalmente. Wolf acrescentou que as agências federais, estaduais e locais “continuarão a coordenar seus planos e alocar recursos para este importante evento”.

O Serviço Secreto chefia as operações de segurança de eventos considerados de importância nacional, incluindo cerimônias de posses presidenciais.

Guarda Nacional

A Guarda Nacional foi autorizada na segunda-feira a enviar até 15 mil soldados a Washington como medida de segurança para proteger a capital norte-americana.

O general Daniel Hokanson, chefe do Gabinete da Guarda Nacional, disse que 6,2 mil soldados já estavam em Washington após a invasão do Capitólio. “Cerca de 10 mil soldados chegarão à capital no sábado para ajudar a fornecer segurança, logística e comunicações”, disse ele a repórteres, acrescentando que mais 5 mil podem ser solicitados de outros estados.

Como parte das medidas de segurança, turistas foram proibidos de visitar o obelisco Monumento a Washington até 24 de janeiro.

A cerimônia de posse presidencial normalmente atrai centenas de milhares de visitantes a Washington. Mas, desta vez, tanto os organizadores quanto a prefeita de Washington, Muriel Bowser, pediram aos americanos que não viajassem à capital, que permanecerá em alerta máximo até a posse.

 
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Chefe em exercício da polícia do Capitólio, Yogananda Pittman disse na segunda-feira que não haverá acesso público à área do Congresso durante a inauguração.

O evento já foi reduzido dramaticamente devido à pandemia do coronavírus, e o comitê inaugural disse que o parque National Mall de Washington seria coberto com 191,5 mil bandeiras de tamanhos diferentes, para representar as multidões que deixarão de atender ao evento.

Os organizadores anunciaram que “América Unida” será o lema da cerimônia de posse, menos de uma semana depois que uma multidão de apoiadores de Trump invadiu o edifício do Capitólio dos Estados Unidos, em um ataque que deixou cinco pessoas mortas.

FBI alerta sobre protestos armados

Um boletim interno do FBI divulgado no último domingo (10) alertou sobre protestos armados planejados em todas as 50 capitais dos estados e na capital americana, Washington, no período que antecede à posse presidencial.

Os protestos em todo o país começariam no próximo final de semana, estendendo-se até o dia da cerimônia de inauguração em Washington.

“Protestos armados estão sendo planejados em todas as 50 capitais estaduais de 16 de janeiro a pelo menos 20 de janeiro, e no Capitólio dos Estados Unidos de 17 a 20 de janeiro”, destaca o boletim, de acordo com um funcionário citado pela agência de notícias Associated Press.

Biden pede responsabilização

O presidente eleito Joe Biden não expressou preocupação com sua própria segurança. “Não tenho medo de fazer o juramento do lado de fora”, afirmou nesta segunda-feira.

“É extremamente importante que haja um foco real sério em prender aquelas pessoas que se engajaram em sedição e ameaçaram vidas, desfigurando propriedades públicas, causando grandes danos. Que eles sejam responsabilizados”, acrescentou.

Trump anunciou que não comparecerá à cerimônia, fato que, segundo Biden é “uma coisa boa”. O vice-presidente do EUA, Mike Pence, deve comparecer, noticiou a mídia, citando fonte do governo. (Com agências internacionais)

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