Quando o presidente Jair Bolsonaro, integrantes do primeiro escalão do governo e a prole presidencial, no afã de adular Donald Trump, começaram a atacar a China tendo como munição questões ideológicas e deboches descabidos, o UCHO.INFO afirmou que em algum momento os brasileiros pagariam a conta decorrente dessa irresponsabilidade diplomática.
No campo da diplomacia, relações entre países são construídas ao longo do tempo e dependem dos atos e fatos de cada um dos lados. No momento em que o governo Bolsonaro passou a criticar e a atacar a China de forma chicaneira, ficou claro que algum tipo de retaliação aconteceria, mesmo que de forma enviesada e disfarçada.
Se a vingança é um prato que se come frio, como prega a sabedoria popular, Pequim agora está a dar o troco no desbaratado e incompetente governo de Jair Bolsonaro, que no plano internacional está isolado e é visto por outros países como um pária em termos de diplomacia.
Com a pandemia do novo coronavírus avançando rapidamente no Brasil e provocando mortes e internações de maneira assustadora, a importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), insumo necessário para a produção de vacinas, entrou na fila da burocracia chinesa. E Pequim não tem motivos para acelerar qualquer processo de exportação tendo o Brasil como destino.
Diante da incerteza sobre quando os IFAs, aguardados pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz, serão enviados pela China, o governo Bolsonaro está às voltas em busca de um canal de diálogo diplomático para eventualmente acelerar o processo. Sem isso, o processo de vacinação contra a Covid-19 no Brasil volta à vala da incerteza, pois por enquanto é possível contar apenas com a Coronavac, covardemente desdenhada pelo presidente.
Ministro das Relações Exteriores, o incompetente Ernesto Araújo não é o mais indicado para assumir essa tentativa de diálogo, já que em nome da sabujice que sempre dedicou a Trump não pensou duas vezes antes de atacar a China.
É importante que os brasileiros de bem abram os olhos e percebam o desastre que representa ao País a permanência de Bolsonaro no poder, que para tanto começa a ameaçar a democracia de maneira torpe, como se não tivesse assumido o compromisso de respeitar a Constituição Federal. A insinuação de um golpe militar, que não conta com o apoio da caserna, é motivo mais que suficiente para despejá-lo do Palácio do Planalto.
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