Em ato derradeiro como presidente dos Estados Unidos, Trump perdoa Steve Bannon e outros aliados

 
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou suas últimas horas no cargo para derrubar condenações e sentenças de prisão de vários políticos e empresários acusados de corrupção e outros crimes, concedendo dezenas de perdões presidenciais e comutando penas.

O mais famoso entre os perdoados é o seu ex-estrategista-chefe Steve Bannon, que recebeu um perdão presidencial antes mesmo de ser julgado, como confirma um comunicado da Casa Branca desta quarta-feira (20).

Bannon, de 66 anos, foi um dos principais conselheiros de Trump na campanha presidencial vitoriosa de 2016. Ele é acusado de desvio de fundos que foram angariados para a construção do muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México, uma das promessas de campanha de Trump.

“Steve Bannon está sendo perdoado por Trump por fraudar os próprios apoiadores de Trump que pagaram por um muro que Trump prometera que o México pagaria”, comentou o deputado democrata Adam Schiff. “Graças a Deus que são apenas mais 12 horas com esse bando de ladrões.”

De forma incomum, Bannon, que foi preso em agosto, recebeu o perdão antes mesmo de ser julgado pela Justiça. O julgamento deverá começar em maio. Normalmente, presidentes concedem perdão a pessoas já condenadas. De acordo com o New York Times, Trump tomou a decisão de perdoar o seu antigo conselheiro no último minuto, depois de falarem ao telefone.

 
Longa lista de perdoados

Ao todo, Trump perdoou 73 pessoas e comutou a pena de outras 70, comunicou a Casa Branca. Eles se somam os vários perdões concedidos ao longo do ano passado, incluindo ex-aliados como Michael Flynn, Paul Manafort, Roger Stone, George Papadopoulos e Alex Van Der Zwaan.

A lista de perdoados desta quarta-feira inclui um dos principais angariadores de fundos da campanha de Trump em 2016, Elliott Broidy, processado por uma campanha de lobby ilegal, e o rapper americano Lil Wayne, que se declarou culpado em dezembro de uma acusação de posse de arma, pela qual enfrentou até dez anos de prisão.

Entre os perdoados estão também os ex-deputados republicanos Rick Renzi, do Arizona, condenado a três anos de cadeia em 2013 por corrupção, Robert Hayes, da Carolina do Norte, que se declarou culpado de mentir ao FBI em 2019, e Randall Cunningham, da Califórnia, que reconheceu perante a Justiça ter recebido propinas no valor de US$ 2,4 milhões em contratos militares.

Trump também comutou a pena do democrata Kwame M. Kilpatrick, um ex-prefeito de Detroit que foi condenado em 2013 por corrupção. (Com agências internacionais)

Se você chegou até aqui é porque tem interesse em jornalismo profissional, responsável e independente. Assim é o jornalismo do UCHO.INFO, que nos últimos 20 anos teve participação importante em momentos decisivos do País. Não temos preferência política ou partidária, apenas um compromisso inviolável com a ética e a verdade dos fatos. Nossas análises políticas, que compõem as matérias jornalísticas, são balizadas e certeiras. Isso é fruto da experiência de décadas do nosso editor em jornalismo político e investigativo. Além disso, nosso time de articulistas é de primeiríssima qualidade. Para seguir adiante e continuar defendendo a democracia, os direitos do cidadão e ajudando o Brasil a mudar, o UCHO.INFO precisa da sua contribuição mensal. Desse modo conseguiremos manter a independência e melhorar cada vez mais a qualidade de um jornalismo que conquistou a confiança e o respeito de muitos. Clique e contribua agora através do PayPal. É rápido e seguro! Nós, do UCHO.INFO, agradecemos por seu apoio.