Governo de SP decreta fase vermelha após as 20 horas e nos finais de semana; retorno às aulas foi adiado

 
Como noticiou o UCHO.INFO no final da noite de quinta-feira (21), o governo de São Paulo decidiu endurecer a quarentena com o objetivo de conter o avanço da Covid-19. A decisão, que desagradou empresários de alguns setores da economia, é necessária, pois o número de infecções, internações e mortes pela doença disparou nas primeiras três semanas do ano.

Diferentemente do que informamos, as novas regras passarão a valer a partir da próxima segunda-feira (25), o que denota falta de sensibilidade do governo paulista, pois no final de semana as aglomerações acontecerão com a mesma intensidade em todas as cidades do estado. Além disso, no dia 25 de janeiro comemora-se o aniversário de São Paulo, maior e mais populosa cidade brasileira, o que fará com que muitas pessoas saiam da capital rumo às praias, onde provocarão aglomerações.

Com as novas regras, a fase vermelha, patamar de alerta máximo do Plano São Paulo de combate à pandemia do novo coronavírus, permite apenas o funcionamento de atividades consideradas essenciais.

No caso da capital paulista, que no dia 25 entrará na fase laranja, será permitido o funcionamento, com horários e capacidade reduzidas, de shopping centers, academias e restaurantes segunda a sexta-feira, das 6 às 20 horas. Fora desse horário e em finais de semana e feriados, todos esses estabelecimentos estarão fechados. Restaurantes poderão funcionar apenas no sistema delivery.

 
Vale ressaltar que durante a semana, a fase vermelha valerá no período das 20 horas às 6horas do dia seguinte e nos finais de semana e feriados. Nesse intervalo, apenas estabelecimentos considerados essenciais poderão funcionar – supermercados, farmácias, clínicas médicas, postos de combustíveis e empresas de segurança, limpeza, abastecimento, logística, comunicação social e construção civil, além de oficinas automotivas e bancas de jornal.

Na entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira no Palácio dos Bandeirantes, o governo de São Paulo também anunciou o adiamento do início das aulas da rede estadual, previsto para o dia 1º de fevereiro. Diante do avanço da Covid-19, as aulas começarão no dia 8 de fevereiro, caso as regras não sejam estendidas. Com a decisão, fica suspensa a obrigatoriedade do retorno presencial dos alunos de todas as escolas estaduais nas fases laranja e vermelha da quarentena. A autorização para as escolas particulares e municipais retornarem às aulas no dia 1º de fevereiro foi mantida.

Coordenador do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo dos Reis pediu para que as pessoas não esperem a oficialização do decreto do governo para adotar medidas que possam ajudar a reduzir a transmissão do novo coronavírus.

“Algumas medidas poderão ser implementadas nos próximos dias adicionalmente as que estamos tomando hoje. Se os indicadores não melhorarem, se as pessoas não mudarem o seu comportamento, como por exemplo, não vamos esperar segunda-feira para começar a cumprir com as medidas hoje anunciadas”, disse Gabbardo.

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