À sombra da pandemia, “prévia do PIB” fecha 2020 com queda de 4,05%, informa o Banco Central

 
Na esteira da pandemia do novo coronavírus, a atividade econômica brasileira fechou 2020 com retração de 4,05%, na comparação com o ano anterior. Esse cenário foi constatado pelo Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) na série sem ajustes sazonais, que permite comparações anuais.

Se confirmado, o tombo do PIB interromperá sequência de três altas seguidas no nível de atividade e representará a maior contração desde o início da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1996. Até então, o PIB era calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Conhecido como “prévia do PIB”, o IBC-Br serve como baliza para avaliar o ritmo da economia nacional ao longo dos meses. De responsabilidade do IBGE, o resultado do PIB de 2020 será divulgado no dia 3 de março. O Ministério da Economia estima queda de 4,5% do PIB, enquanto o BC aposta em recuo de 4,4%.

No ano passado, os efeitos colaterais da pandemia de Covid-19 na economia, apesar de identificados em fevereiro, mostraram força em todo o planeta a partir de março, quando a maior a crise sanitária dos últimos cem anos ganhou corpo.

 
Na tentativa de barrar o avanço da pandemia, e consequentemente conter o número de infectados e de mortos, o Brasil adotou o isolamento social na maior parte do território, o que inevitavelmente teve reflexos negativos na economia. Os efeitos foram percebidos principalmente em março e abril. A partir de maio, o IBC-Br demonstrou ligeira reação econômica.

Medido em pontos, o IBC-Br passou de 137,45 pontos em novembro para 138,33 pontos em dezembro. Trata-se do maior patamar para o indicador desde fevereiro do ano passado (140,24 pontos), antes da disparada da pandemia do novo coronavírus.

Na comparação entre os meses de dezembro de 2020 e dezembro de 2019, houve alta de 1,34% na série sem ajustes sazonais. A série encerrou com o IBC-Br em 139,30 pontos em dezembro. É o maior patamar para um mês de dezembro desde 2014 (145,48 pontos).

Apesar dos números do IBC-Br demonstrarem algum movimento da economia na direção da retomada, é preciso reconhecer que esse cenário pode desmoronar com o irresponsável atraso na vacinação contra a doença provocada pelo vírus SARS-CoV-2. Aliás, na maioria das principais cidades brasileiras a imunização contra a Covid-19 deve parar nos próximos dias por falta de vacinas. Em algum momento, esse quadro há de refletir na economia.

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